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Paquistão acusa ex-primeiro-ministro Khan por corrupção

Fonte: Wikinotícias

22 de outubro de 2022

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As autoridades eleitorais do Paquistão impediu na sexta-feira o ex-primeiro-ministro Imran Khan de ocupar cargos públicos por supostamente ocultar seus bens, levando seus apoiadores a realizar protestos em todo o país e alimentando a turbulência política no país.

A decisão alega que o ex-astro do críquete que virou político fez uma “falsa declaração e declaração incorreta” sobre seus bens perante a Comissão Eleitoral do Paquistão (ECP).

Khan “consequentemente deixa de ser um membro da Assembleia Nacional do Paquistão [a câmara baixa do parlamento] e seu assento ficou vago em conformidade”, disse o ECP.

O Tehreek-e-Insaf (PTI) denunciou a decisão de sexta-feira como politicamente motivada e prometeram contestá-la em um tribunal superior, alegando que a comissão eleitoral transgrediu sua jurisdição sob pressão do governo de coalizão do primeiro-ministro Shehbaz Sharif.

Os apoiadores de Khan foram às ruas nas principais cidades paquistanesas para protestar contra a decisão, bloqueando as principais rodovias e entrando em confronto com a polícia. Não houve relatos imediatos de vítimas.

Khan supostamente vendeu vários presentes caros, incluindo relógios de luxo, que ele havia recebido, mas não relatou os ganhos ao ECP. O ex-líder afirmou que os ganhos em questão foram incluídos em suas declarações de imposto de renda e negou qualquer irregularidade

Seus advogados argumentaram que "a comissão eleitoral não é um tribunal, portanto, eles não podem dar uma declaração para desqualificar ninguém".

O ex-primeiro-ministro foi deposto em um voto de desconfiança em abril. Ele afirma há muito tempo, sem provas, que sua remoção foi orquestrada pelos Estados Unidos em conluio com Sharif e os militares paquistaneses, que influenciam a política.

Tanto Washington quanto Islamabad negam isso.

Mais de 130 parlamentares do PTI, o maior grupo na câmara baixa do parlamento, também renunciaram em massa em abril devido à deposição de seu líder. Desde então, a popularidade de Khan aumentou e dezenas de milhares de seus apoiadores compareceram em seus comícios contra o governo em todo o país para convocar novas eleições no Paquistão.

Fontes