Saltar para o conteúdo

Papa Francisco celebra missa em Bagdad em homenagem aos "pobres e perseguidos"

Fonte: Wikinotícias

6 de março de 2021

link=mailto:?subject=Papa%20Francisco%20celebra%20missa%20em%20Bagdad%20em%20homenagem%20aos%20"pobres%20e%20perseguidos"%20–%20Wikinotícias&body=Papa%20Francisco%20celebra%20missa%20em%20Bagdad%20em%20homenagem%20aos%20"pobres%20e%20perseguidos":%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Papa_Francisco_celebra_missa_em_Bagdad_em_homenagem_aos_%22pobres_e_perseguidos%22%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

link=mailto:?subject=Papa%20Francisco%20celebra%20missa%20em%20Bagdad%20em%20homenagem%20aos%20"pobres%20e%20perseguidos"%20–%20Wikinotícias&body=Papa%20Francisco%20celebra%20missa%20em%20Bagdad%20em%20homenagem%20aos%20"pobres%20e%20perseguidos":%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Papa_Francisco_celebra_missa_em_Bagdad_em_homenagem_aos_%22pobres_e_perseguidos%22%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O Papa Francisco disse, neste sábado, na catedral de São José, em Bagdad, que "os pobres, os que choram, os perseguidos" são na realidade os abençoados.

Foi a primeira vez que um papa celebrou uma missa seguindo o ritual da Igreja Católica Caldéia, que é familiar à maioria dos católicos iraquianos.

“O amor é a nossa força, a fonte de força para os nossos irmãos e irmãs que também aqui sofreram preconceitos, indignidade, maus-tratos e perseguições em nome de Jesus”, acrescentou o Papa.

O Papa Francisco se encontrou, no início do sábado, no Iraque, com o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, uma importante figura muçulmana xiita.

A sessão histórica entre o pontífice de 84 anos e al-Sistani ocorreu na modesta casa do líder muçulmano de 90 anos, na cidade sagrada de Najaf.

Coexistência pacífica

Al-Sistani disse que os cristãos têm os mesmos direitos que os outros iraquianos e que devem ter uma vida pacífica.

Al-Sistani é uma das figuras mais importantes do islamismo xiita e exerce uma influência considerável no Iraque e noutros lugares.

Os cristãos iraquianos esperam que a declaração de al-Sistani e a mensagem de coexistência de Francisco ajudem a facilitar as suas vidas no país predominantemente muçulmano, onde enfrentam frequentemente ataques de membros da milícia xiita.

Um líder religioso em Najaf disse à Associated Press que foi “uma visita privada sem precedentes na história, e não terá um igual a quaisquer visitas anteriores”.

O encontro entre os dois líderes religiosos também ocorre num cenário tenso da possibilidade de disparos de foguetes contra o Iraque de grupos rebeldes iranianos e da pandemia de COVID-19.

Depois de seu encontro com al-Sistani, Francisco participou numa reunião inter-religiosa na antiga cidade de Ur, onde novamente transmitiu a sua mensagem de coexistência pacífica.

“Deste lugar onde nasceu a fé, da terra de nosso pai Abraão, afirmemos que Deus é misericordioso e que a maior blasfémia é profanar o seu nome odiando os nossos irmãos”, disse Francisco.

Acredita-se que Ur seja o local de nascimento de Abraão, reverenciado por três religiões - Islamismo, Judaísmo e Cristianismo.

Missa ao ar livre

Francisco também visitará Mosul, Erbil e Qaraqosh antes de deixar o Iraque.

O papa celebrará uma missa ao ar livre no estádio Erbil na tarde de domingo. Devido às restrições do COVID-19, a participação será limitada a 10.000 pessoas.

A presença cristã no Iraque data dos primeiros séculos da religião, mas apenas algumas centenas de milhares de cristãos permanecem até hoje.

Esta é a 33ª viagem do papa para fora da Itália, e a primeira nos últimos 15 meses devido em grande parte ao COVID-19.

O pontífice deve retornar a Roma na segunda-feira de manhã.

Fontes