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Nos Jogos Paralímpicos, projeto do Brasil para se firmar como potência esportiva global já se concretizou

Fonte: Wikinotícias

23 de maio de 2024

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Estamos já a menos de 100 dias do início dos Jogos de Paris 2024 e a delegação brasileira está animada com as perspectivas positivas para a sua participação no evento. Viajarão à capital francesa cerca de 250 pessoas, entre dirigentes, técnicos e atletas, que competirão em uma vintena de modalidades. A projeção dos dirigentes é que o país irá superar as 72 medalhas conquistadas em Tóquio 2020 e chegar a, pelo menos, 75 — há quem sonhe com 90 medalhas, das quais 20 de ouro. Tal resultado daria ao Brasil uma colocação entre o quinto e o oitavo lugares na classificação geral, e talvez uma performance superior à registrada nos Jogos de Tóquio, quando alcançamos a sétima posição e ficamos à frente de potências esportivas tradicionais, como a França e o Japão.

Para aqueles que talvez estejam um pouco surpresos com a perspectiva de resultados tão bons para a equipe verde-amarela nos Jogos de Paris, cabe ressaltar que estamos falando dos Jogos Paralímpicos, que ocorrerão a partir de 28 de agosto — e não dos Jogos Olímpicos, que acontecerão um pouco antes, entre 26 de julho e 11 de agosto, também na cidade luz. Mas os fãs do esporte paralímpico sabem que há bons motivos para que nossa delegação desembarque em Paris sentindo-se otimista. Afinal, nosso país tem exibido um progresso consistente em sua performance na competição, passando de um décimo quarto lugar no quadro geral de medalhas em Atenas 2004 para um lugar fixo entre as dez nações mais vencedoras nas últimas quatro edições. Ficamos em nono em Pequim 2008 com 47 medalhas, sétimo em Londres 2012 com 43 medalhas, oitavo nos jogos de 2016 no Rio de Janeiro e novamente sétimo em Tóquio 2020, em ambos os casos arrebatando 72 medalhas. E, se adotarmos como parâmetro de comparação as sete medalhas conquistadas em Barcelona 1992, encontramos um crescimento de 1.028%. Nas Olimpíadas, o Brasil ainda está distante de resultados mais consolidados. Os melhores resultados viveram nos jogos de Tóquio 2020: 21 medalhas, e a décima segunda posição no quadro geral.

A comparação das medalhas e classificações alcançadas pelas equipes Olímpica e Paralímpica brasileiras nos últimos jogos ajuda a dimensionar o salto que o esporte paralímpico brasileiro alcançou no espaço de menos de uma década, consolidando-se como potência esportiva. É claro que esses resultados se devem, em boa parte, à dedicação e ao talento dos atletas brasileiros (veja boxes ao longo do texto), mas também são fruto de planejamento, políticas públicas, apoio político e continuidade administrativa, que coalesceram na forma de três pilares fundamentais: a construção do Centro Paralímpico Brasileiro, o desenvolvimento de um sistema de financiamento que vem das loterias, e a captação de novos atletas.



Fontes[editar | editar código-fonte]