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Moçambicanos e ucranianos vão substituir sul-africanos na guerra em Cabo Delgado

Fonte: Wikinotícias

29 de março de 2021

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A luta contra os rebeldes islâmicos na província moçambicana de Cabo Delgado entra numa nova fase na próxima semana quando terminar o contracto do governo com a companhia privada de segurança sul-africana Dyck Advisory Group (DAG).

No mês de Abril espera-se que entrem em combate helicópteros pilotados por moçambicanos acabados de receber treino na África do Sul e ainda um número ainda desconhecido de outros helicópteros tripulados por ucranianos.

A DAG tem estado a operar helicópteros nas zonas de combate de Cabo Delgado tendo jogado papel primordial em muitas ocasiões em rechassar ataques dos insurgentes que ali operam.

O fundador da companhia, Lionel Dyck, confirmou ao portal sul-africano de notícias News24 que o contracto expira no próximo dia 6 de Abril.

Cerca de 15 pilotos moçambicanos estavam a ser treinados na África do Sul pela Academia de Treino Técnico da companhia sul-africana Paramount Group que tinha tambem já fornecido dois helicópteros Gazelle à força aérea moçambicana para o combate aos rebeldes islâmicos em Cabo Delgado.

O portal DefenceWeb disse que esses dois helicópteros são parte de “um número maior” fornecido pela Paramount ao Governo moçambicano.

A empresa comprou recentemente 30 Gazelles ao exército britânico e os dois vistos em Moçambique faziam parte de um grupo de 13 “armazenados” desde 2012 pelo exército britânico.

Ucranianos vão tripular helicópteros russos

A DefenceWeb disse por outro lado disse que helicópteros Mi-17 e Mi-24 de fabrico russo vão também ser usados na guerra naquela provincia.

O portal Zitamar disse que dois desses helicópteros serão tripulados por ucranianos.

Outras noticias indicam que esses helicópteros serão também fornecidos pelo grupo sul africano Paramount em segunda mão.

Outra companhia, a Burnham Global, está também envolvida em apoio a Moçambique fornecendo treino no uso de carros blindados recentemente adquiridos pelo governo moçambicano.

A Burnham Global descreve-se a si própria como “empenhada em ajudar governos a garantirem paz e segurança sustentáveis através do melhoramento das capacidades dos seus serviços de segurança”.

Segundo a DefenceWeb a Paramount e a Burnham Global assinaram em Fevereiro um acordo de “vários milhões de dólares” com um governo africano cujo nome não foi mencionado mas que se pensa ser Moçambique.

Fontes