Mercadante fica na liderança do PT "em respeito a pedido de Lula"

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

21 de agosto de 2009

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O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), disse hoje (21) da tribuna do Senado que permanece na liderança do partido, mesmo depois de divergências entre os senadores petistas do Conselho de Ética que, cumprindo determinação do partido, votaram a favor do arquivamento das denúncias contra José Sarney (PMDB-AP). Em sua página no Twitter, ontem (20), Mercadante chegou a dizer que sua saída seria em caráter “irrevogável”.

Depois de ler uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo para que continuasse no cargo, o senador disse que “não tinha como dizer não” ao pedido. “Dificuldades e divergências fazem parte da caminhada, fazem parte da história. Em nome dessa caminhada, fique na liderança. Esse é um pedido sincero e verdadeiro do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Lula na carta.

“Não tenho como dizer não a um pedido do meu companheiro”, afirmou Mercadante depois de lembrar a história e os tempos de criação do partido.

O senador falou em frustração e desilusão e descrença política ao lembrar o episódio no Conselho de Ética. Disse que sempre foi favorável à investigação dos atos secretos porque contrariam o princípio constitucional da igualdade e da transparência, mas defendeu uma investigação respeitando o direito de defesa.

“Os atos secretos violam artigo da Constituição que trata da transparência e da publicidade”, afirmou. “Esbarramos no PMDB, que teve um poder fundamental nesse processo. Esbarramos no nosso partido. Não era a posição da bancada, nunca foi a minha posição. Conversei com o governo pedindo apoio para esse caminho equilibrado, responsável", disse. “Nunca aceitei o caminho fácil da condenação sem defesa, do pré-julgamento do tribunal de exceção, ainda que seja mais fácil do ponto de vista eleitoral”, completou.

Mercadante ainda lembrou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (AC), que deixou na última quarta-feira (19) o PT para se filiar ao PV. Disse que sua relação com ela mostra uma longa trajetória no partido. Falou do senador Flávio Arns (PT-PR), que anunciou sua saída do partido mesmo que para isso perca o mandato. Afirmou que independente das divergências com a bancada, Arns também deu sua contribuição para a legenda.

O líder do PT chegou tranquilo ao plenário e, durante o discurso, pediu desculpas à família por permanecer no cargo. Ao final, foi cumprimentado por Marina Silva.

O senador disse que depois da reunião do Conselho de Ética, se reuniu com a bancada e ouviu dos senadores que não saísse da liderança. Afirmou que recebeu ligações do presidente do partido, Ricardo Berzoini, de José Dirceu “com quem não falava há muito tempo”, dos senadores do partido e também dos de oposição, como o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e o líder tucano, Arthur Virgílio Neto (AM).

Fontes