Lula critica sequência de denúncias sobre o Senado
17 de junho de 2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje (17) a sequência de denúncias de irregularidades no Senado. “Elas não têm fim e depois não acontece nada”, disse. Em viagem ao Cazaquistão, Lula comentou o discurso feito ontem (16) pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que se defendeu das acusações de usar atos secretos para nomear parentes na Casa.
Não li a reportagem do presidente Sarney, mas penso que ele tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum.
O presidente Lula afirmou que é importante investigar o que houve, inclusive para saber a quem poderia interessar desestabilizar o Senado. “Essa história tem que ser mais bem explicada. Não sei a quem interessa enfraquecer o Poder Legislativo no Brasil. Mas penso o seguinte: quando tivemos o Congresso Nacional desmoralizado e fechado foi muito pior para o Brasil, portanto é importante pensar na preservação das instituições e separar o joio do trigo. Se tiver coisa errada, que se faça uma investigação correta.”
Ele disse também que o governo não teme ser prejudicado pelas denúncias sobre o Senado. “Todos os senadores, a começar do presidente Sarney, têm responsabilidade de dirigir o destino do país, ou seja do Congresso Nacional, vamos esperar que essas coisas se resolvam logo”, acrescentou.
Para o presidente, as denúncias podem acabar cansando a população. “O que não se pode é todo dia você arrumar uma vírgula a mais, você vai desmoralizando todo mundo, cansando todo mundo, inclusive a imprensa corre o risco. Porque a imprensa também tem que ter a certeza de que ela não pode ser desacreditada porque, na hora em que a pessoa começar a pensar 'olha, eu não acredito no Senado, não acredito na Câmara, não acredito no Poder Executivo, no STF, também não acredito na imprensa', o que vai surgir depois?”, questionou.
Fontes
- Mônica Gugliano. Lula critica sequência de denúncias sobre o Senado — Agência Brasil, 17 de junho de 2009
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |