Lula critica Israel por construir casas em assentamento palestino
20 de novembro de 2009
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva condenou hoje (20) a atitude de Israel de construir mais 900 casas em um assentamento palestino em Jerusalém Oriental. Ele foi taxativo ao afirmar que “o Brasil entende que deva parar imediatamente qualquer novo assentamento em território palestino”.
Em Salvador, onde participa das comemorações do Dia da Consciência Negra, Lula se encontrou pela manhã com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, durante mais de uma hora e meia. E a paz no Oriente Médio ocupou grande parte da discussão.
Sobre a notícia do assentamento, o presidente da Autoridade Palestina afirmou que Israel está infringindo resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) de suspender qualquer construção em território palestino. “Isso quer dizer que ele [Israel] está complicando a paz, está pondo empecilhos à paz”, enfatizou.
Reafirmando o que já havia dito durante a visita do presidente israelense, Shimon Peres, Lula pediu o congelamento dos assentamentos na Cisjordânia, a preservação das fronteiras de um futuro Estado palestino e liberdade de circulação nos territórios ocupados por Israel. “Não precisamos inventar soluções mágicas para a questão palestina, os caminhos são conhecidos”, assinalou o presidente.
Lula também defendeu a participação de um maior número de países no processo de paz na região, além dos que tradicionalmente estão envolvidos. Mais cedo, em entrevista a emissoras de rádio, o presidente disse que é preciso ter mais interlocutores nas negociações no Oriente Médio.
Em menos de 15 dias, o Brasil terá recebido três lideranças de destaque nos conflitos do Oriente Médio. O encontro com Mahmoud Abbas ocorre uma semana após a vinda do presidente Israel e três dias antes do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegar ao Brasil.
Fontes
- ((pt)) Carina Dourado e Yara Aquino. Lula critica Israel por construir casas em assentamento palestino — Agência Brasil, 20 de novembro de 2009
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |