Laudo do IML aponta que homem morreu por asfixia dentro de viatura da Polícia Rodoviária Federal

Fonte: Wikinotícias

27 de maio de 2022

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O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe indica que Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda após abordagem violenta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na quarta-feira (25/5). O homem não sobreviveu após ser preso por dois policiais dentro de uma espécie de “câmara de gás” montada no porta-malas da viatura da PRF.

O corpo de Genivaldo foi liberado do IML de Aracaju por volta das 22:30h de quarta-feira (25/5). A causa da morte foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Segundo a família, Genivaldo sofria de esquizofrenia, era casado e deixa um filho. O velório ocorrerá na casa da mãe, em Santa Luiza do Itanhy.

Ordem dos Advogados do Brasil

Por nota, a Ordem dos Advogados do Brasil de Sergipe, informou que acompanha, “de forma vigilante, os desdobramentos das investigações sobre o episódio”. O órgão afirmou que vai solicitar em “caráter de urgência”, uma reunião com a Corregedoria da PRF para apurar o caso.

“Também estamos nos colocando à disposição dos familiares da vítima para dar toda a assistência necessária, sempre mantendo o respeito aos profissionais policiais e à instituição PRF, no acompanhamento das responsabilidades cabíveis”, finaliza.

Repercussão internacional

A morte de Genivaldo repercutiu na imprensa internacional. Os jornais The Independent, do Reino Unido, ABC News, rede de televisão norte-americana, chamaram atenção para os protestos e a indignação que tomaram conta do país após o caso. Enquanto o The Guardian comparou ao caso do assassinato de George Floyd, homem negro morto, asfixiado, por um policial branco nos Estados Unidos.

O espanhol El Pais criticou ação violenta ação da polícia e classificou o caso como um “episódio selvagem de brutalidade policial”. O jornal lembrou que o caso da câmara de gás improvisada aconteceu um dia seguinte à morte de 25 pessoas durante operação na favela da Vila Cruzeiro, na zona norte, do Rio de Janeiro. O francês Le Parisien declarou que a morte de Genivaldo “comoveu” e “chocou” o país.

Fontes