Israel rejeita apelos para criação do Estado da Palestina
18 de fevereiro de 2024
Israel rejeitou no domingo os apelos internacionais, incluindo os do seu principal aliado, os Estados Unidos (EUA), para o “reconhecimento unilateral” do Estado da Palestina, dizendo que tal acordo só poderia ser alcançado através de negociações.
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu apresentou o que chamou de “decisão declaratória” sobre a criação de um Estado palestiniano ao seu Gabinete, que a aprovou por unanimidade. A declaração declarava que o Estado judeu “rejeita categoricamente os decretos internacionais sobre um acordo permanente com os palestinos”.
Os esforços para alcançar uma solução de dois Estados – um Estado palestino independente na Cisjordânia e em Gaza em ambos os lados de Israel – estão paralisados desde 2014, mas com a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza já no seu quinto mês, os EUA e outros países renovaram os apelos à criação do Estado da Palestina para pôr fim aos combates. O presidente dos EUA, Joe Biden, apelou a um acordo ainda mais amplo no Médio Oriente, que abrangeria a Arábia Saudita e outros Estados árabes, normalizando as relações diplomáticas com Israel.
Ao rejeitar a criação de um Estado palestino, Israel afirmou num comunicado que tal reconhecimento, ocorrido após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, “concederá uma recompensa enorme e sem precedentes ao terrorismo e impedirá qualquer futuro acordo de paz”. Netanyahu prometeu continuar a combater os militantes do Hamas até alcançar a “vitória absoluta” e isse que as exigências do Hamas são “ilusórias” para que Israel retire as suas tropas de Gaza e deixe os militantes no controle do território com a capacidade de reconstruir o seu arsenal.
Os EUA tentaram, sem sucesso até agora, mediar um novo cessar-fogo e a libertação dos cerca de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Israel Rejects International Calls for Palestinian Statehood — VOA, 18 de fevereiro de 2024
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