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Guatemala pode suspender Semilla, que disputa 2º turno

Fonte: Wikinotícias

14 de julho de 2023

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O governo dos Estados Unidos disse na quinta-feira estar "profundamente preocupado" com a suspensão, a meio do processo eleitoral na Guatemala, do partido Semilla do candidato presidencial Bernardo Arévalo, que "coloca em risco a legitimidade" das eleições.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a tentativa do Ministério Público de revogar a legalidade do partido Semilla em meio ao processo eleitoral (...) Essas ações colocam em risco a legitimidade do processo eleitoral", alertou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em um comunicado.

O anúncio da suspensão da personalidade jurídica do movimento Semilla coincidiu com a validação pelo Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala dos resultados preliminares da votação de junho passado, segundo a qual o candidato de esquerda Arévalo enfrentará a ex-primeira-dama Sandra Torres na segunda rodada de agosto.

Miller assegurou que os Estados Unidos "saúdam a certificação dos resultados do primeiro turno das eleições" no país centro-americano, que confirmam "a credibilidade e integridade do processo eleitoral mais observado na história da Guatemala".

"Os resultados oficiais certificados validam a vontade do povo guatemalteco expressa no primeiro turno das eleições de 25 de junho. Isso deve lançar as bases para um segundo turno eleitoral livre e justo em 20 de agosto entre os dois candidatos presidenciais que receberam o maior número de votos no primeiro turno", diz o porta-voz do Estado.

“A vontade do povo guatemalteco, expressa através dos resultados das eleições de 25 de junho, deve ser respeitada”, conclui o comunicado.

Até o último dia 25 de junho, as pesquisas não apontavam Arévalo, ex-diplomata e filho do ex-presidente guatemalteco Juan José Arévalo (1945-1951), como segundo colocado.

O surpreendente segundo lugar desse candidato anticorrupção levou muitos analistas a acreditar que ele poderia ganhar a presidência.

Após a ação do Ministério Público, Arévalo disse que contestaria a ação do Ministério Público contra Semilla, que ele diz violar a lei guatemalteca, já que um partido político não pode ser suspenso em meio a uma eleição.

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