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Furacão Andrew 30 anos depois e a evolução da ciência meteorológica

Fonte: Wikinotícias
Andrew sobre as Bahamas (direita), depois sobre a Flórida e a Luisiana

24 de agosto de 2022

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Em 24 de agosto de 1992, o furacão Andrew - o mais forte e devastador já registrado na Flórida - atingiu a costa dos Estados Unidos. Três décadas depois, esta semana órgãos oficiais como a NOAA e o NHC (Centro Nacional de Furacões), além de autoridades locais, relembraram as vidas perdidas, os milhares de prédios destruídos, incluindo mais de 50 mil casas, e outros graves danos que o sistema causou na Flórida e na Luisiana, onde chegou depois de passar pelas Bahamas.

No entanto, as graves consequências da passagem do fenômeno com ventos de mais de 250km/h também levaram as autoridades dos Estados Unidos a reverem e melhorarem as previsões e preparações para a chegada destes sistemas meteorológicos e climáticos. "Percorremos um longo caminho no avanço das previsões de furacões desde 1992. Investimentos sustentados em pesquisa, modelagem, satélites, observações feitas com aeronaves e inovação em previsão levaram a uma melhoria de 75% nas previsões de trajetórias de furacões e de 50% nas previsões de intensidade", enfatizou Jamie Rhome, diretor interino do Centro Nacional de Furacões da NOAA dias atrás no portal do órgão.

Trajetória do Andrew

Formação e desenvolvimento

Como está acontecendo este ano, a temporada de furacões no Atlântico norte de 1992 era considerada fraca - de fato, nenhum ciclone a ser nomeado havia se formado até a semana de 17 de agosto de 1992, mesmo a temporada tendo começado oficialmente em 1º de junho antes.

Uma onda tropical emergiu da costa oeste da África em 14 de agosto de 1992. A onda gerou uma depressão tropical em 16 de agosto e se tornou a tempestade tropical Andrew em 17 de agosto. O desenvolvimento foi lento, pois o sistema tropical encontrou um ambiente desfavorável e quase se dissipou em 20 de agosto, mas o NHC decidiu continuar monitorando a área.

Andrew continuou rumo a noroeste e depois fez uma curva mais para oeste em 21 de agosto. Ao fazer isso, a tempestade mudou para um ambiente mais favorável ao desenvolvimento e começou a se fortalecer. Como resultado, Andrew atingiu o status de furacão em 22 de agosto, quando estava localizado a 650 milhas (1.000 km)a sudeste de Nassau, nas Bahamas. Vinte e quatro horas depois, Andrew sofreu uma rápida intensificação e se tornou um grande furacão de categoria 5. O furacão atingiu seu pico de intensidade de 175 mph (ventos de ~282km/h) com uma pressão mínima de 922 milibares na tarde de domingo. A tempestade atingiu pela primeira vez a ilha de Eleuthera, nas Bahamas, com ventos máximos sustentados de 160 mph (257km/h) em 23 de agosto.

Após um breve enfraquecimento, Andrew recuperou o status de categoria 5 com ventos de até 165 mph na escala de vento de furacão Saffir-Simpson. O furacão atingiu a costa da Flórida em Elliott Ke ,e depois perto de Homestead na manhã de 24 de agosto.

Nomeação

Ciclones tropicais (furacões e tufões) recebem nomes sempre que alcançam ventos de cerca de 65km/h, quando alcançam a classificação de tempestade tropical, podendo evoluir depois para furacões de categorias (C) 1, 2, 3, 4 ou 5. Um furacão C5 é, portanto, um furacão de categoria máxima, com ventos destrutivos.

Quando um furacão causa destruição considerável, seu nome passa a ser único, ou seja, não será utilizado para nomear outras tempestades nos anos seguintes. É o caso de Andrew!

"Andrew desferiu um golpe catastrófico na Flórida e cimentou o nome Andrew entre os mais notórios furacões da bacia atlântica da história", reportou o portal especializado Accu Weather ao relembrar o evento hoje.

Referências

Fontes