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Ernesto Araújo critica globalismo na política externa do Brasil

Fonte: Wikinotícias

3 de janeiro de 2019

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Hoje (2), o embaixador Ernesto Araújo assumiu formalmente o Ministério das Relações Exteriores (MRE), no lugar de Aloysio Nunes Ferreira.

Em discurso de posse, que durou 32 minutos, ele criticou o "globalismo" e acordos comerciais, além de citar passagens bíblicas e músicas de Renato Russo e Raul Seixas e referências ao escritor Olavo de Carvalho.

Em grego arcaico citou o versículo bíblico "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". "O presidente Bolsonaro está libertando o Brasil, por meio da verdade. Vamos libertar a política externa brasileira e libertar o Itamaraty", afirmou.

Globalismo

Segundo Ernesto Araújo, o "globalismo" está destruindo as nações. "Aqueles que dizem que não existem homens e mulheres são os mesmos que pregam que os países não têm direito de guardar suas fronteiras, são os mesmos que propalam que o feto humano é um amontoado de células descartáveis, são os mesmos que dizem que a espécie humana é uma doença e que deveria desaparecer para salvar o planeta", disse.

"O problema do mundo não é a xenofobia, mas a oikophobia, que é odiar o próprio lar, o próprio povo, tripudiar a própria nação", disse.

Acordos comerciais

"Um dos instrumentos do globalismo, para abafar aqueles que se insurgem contra ele, é espalhar que para fazer comércio e negócios não se pode ter ideias nem defender valores. Nós provaremos que isso é completamente falso. O Itamaraty terá, a partir de agora, um perfil mais elevado, mais engajado, que jamais teve na promoção do agronegócio, do comércio, dos investimentos, da tecnologia", disse ele.

"Nós negociamos, muitas vezes, a partir de uma posição de fraqueza, como se estivéssemos implorando acesso a mercados, quando na verdade deveríamos negociar a partir de uma posição de força, como um dos maiores, potencialmente o maior produtor de alimentos do mundo, por exemplo", destacou.

Direitos

"No sistema multilateral político, especialmente na ONU, vamos reorientar a atuação do Brasil em favor daquilo que é importante para os brasileiros, não o que é importante para as ONGs, defenderemos a soberania, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a liberdade de internet, a liberdade política. Defenderemos os direitos básicos da humanidade, principalmente o direito de nascer", finalizou ele.

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