Erdogan pede ao Governo de Moçambique para ajudar a caçar seus adversários
Presidente turco diz haver células ligadas ao golpe de Estado de 2016 em Moçambique.
24 de janeiro de 2017
O Presidente da Turquia pediu ao seu homólogo moçambicano Filipe Nyusi que o ajude a caçar os seus adversários políticos que ele considera terem estado por trás da tentativa de golpe de Estado em Julho do ano passado.
Recep Erdogan alertou nesta terça-feira, 24, para o perigo dos referidos grupos e disse esperar que Moçambique dê a sua cooperação, como um país amigo.
O pedido foi feito num encontro a sós com Filipe Nyusi e no qual Erdogan deixou aquele que foi um dos principais objectivos da sua visita a Moçambique.
Durante cerca de 20 minutos, Erdogan disse a Filipe Nyusi que quer o apoio de Moçambique para neutralizar células terroristas turcas que se encontram infiltradas no país.
"As alegadas células estão envolvidas em actividades ligadas ao sector do ensino e outras actividades sociais que parecem inofensivas ou mesmo ligadas ao desenvolvimento, mas tem por trás, planos terroristas que podem afectar Moçambique", sustentou o Presidente turco.
De acordo com informações de fontes que não se quiseram identificar, um dos alvos de Erdogan é a Willow International School, um dos maiores centros de ensino em Maputo, reconhecido pela sua qualidade e que serve, basicamente, filhos das elites políticas e económicas do país.
As autoridades de Ancara consideram a escola um dos investimentos do movimento Gulen e que deve ser encerrada.
A direcção da Willow recusou fazer qualquer comentário.
Os governos de Moçambique e da Turquia assinam hoje vários protocolos de cooperação e os presidentes Nyusi e Erdogan participam num fórum de negócios.
Fonte
- Redacção VOA. Erdogan pede ao Governo de Moçambique para ajudar a caçar seus adversários — Voz da América, 24 de janeiro de 2017
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |