Documentário sobre o rock candango dos anos 1980 abrirá o Festival de Cinema de Brasília

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

2 de agosto de 2011

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A organização do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro anunciou que Rock Brasília – Era de Ouro, o mais recente documentário do cineasta radicado em Brasília Vladimir Carvalho, vai ser exibido na abertura do evento como hours concours (fora da disputa).

Vencedor na categoria documentário do Festival de Paulínia de Cinema deste ano, que rendeu a Carvalho o prêmio de R$ 100 mil, Rock Brasília foi idealizado a partir de imagens registradas pelo cineasta durante o período em que Brasília ficou conhecida como a capital do rock nacional. O rock candango ganhou o país graças ao sucesso de bandas como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude e de artistas que, no começo da carreira, moraram em Brasília, como o paraibano Herbert Vianna e o carioca Bi Ribeiro, dos Paralamas do Sucesso, e a também carioca Cássia Eller.

O documentário de 111 minutos é um dos três filmes ambientados na capital federal que têm o rock nacional dos anos 1980 como fio condutor e que devem chegar às salas de cinema ainda este ano. Faroeste Caboclo, de René Sampaio, e Somos Tão Jovens, de Antonio Carlos da Fontoura, estão em fase de finalização.

Entre as muitas cenas históricas que Carvalho garimpou para Rock Brasília – Era de Ouro estão imagens inéditas do último show da banda Legião Urbana, liderada por Renato Russo, em Brasília, no dia 18 de junho de 1988, no Estádio Mané Garrincha. O concerto ficou marcado por um grande quebra-quebra na plateia, que deixou centenas de feridos.

Festival de cinema mais antigo do país, o certame de Brasília chega este ano a 44ª edição com algumas mudanças conceituais e estruturais. Pela primeira vez serão aceitos filmes não inéditos, já exibidos em outros festivais. Foi criada ainda a mostra competitiva de filmes de animação. Para aproveitar os dias quentes e secos, a data do festival foi antecipada para o período entre 26 de setembro e 3 de outubro.

Com orçamento de R$ 4 milhões (R$ 1 milhão a mais que o de 2010), a organização aumentou o valor dos prêmios para cada categoria. Nas categorias de melhor longa-metragem, curta-metragem e animação serão pagos prêmios de, respectivamente, R$ 250 mil, R$ 20 mil e R$ 20 mil. Também há prêmios para os melhores ator e atriz (protagonistas e coadjuvantes), roteiro, fotografia, direção de arte, trilha sonora, som e montagem.

Ao todo, 624 produções foram inscritas no festival, sendo 110 longas (56 inéditos), 415 curtas e 99 animações. Foram selecionados seis longas, 12 curtas e 12 curtas de animação.

Os longa-metragem selecionados são As Hipermulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro; Hoje, de Tata Amaral; Meu País, de André Ristum; O Homem que Não Dormia, de Edgard Navarro; Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra e Vou Rifar Meu Coração, de Ana Rieper.

Na categoria curta-metragem, vão disputar os troféus Candango de Ouro A Casa da Vó Neyde, de Caio Cavechini; A Fábrica, de Aly Muritiba; De Lá Pra Cá, de Frederico Pinto; Elogio da Graça, de Joel Pizzini; Imperfeito, de Gui Campos; L, de Thais Fujinaga; Ovos de Dinossauro na Sala de Estar, de Rafael Urban; Premonição, de Pedro Abib; Ser Tão Cinzento, de Henrique Dantas; Sobre o Menino do Rio, de Felipe Joffily; Três Vezes por Semana, de Cris Reque e Um Pouco de Dois, de Danielle Araújo e Jackeline Salomão.

Para a mostra competitiva dos filmes de animação foram selecionados 2004, de Edgard Paiva; A Mala, de Fabiannie Bergh; Bomtempo, de Alexandre Dubiela; Cafeka, de Natália Cristine; Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo, de Rodrigo John; Ciclo, de Lucas Marques Sampaio; Media Training, de Eloar Guazzelli e Rodrigo Silveira; Menina da Chuva, de Rosária Moreira; Moby Dick, de Alessandro Corrêa; Quindins, de David Mussel e Giuliana Danza; Rái Sossaith, de Thomate e Sambatown, de Cadu Macedo.

Fontes