Dia do Índio é marcado por apelos no Senado

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

19 de abril de 2018

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Em homenagem ao Dia do Índio, o Senado promoveu uma sessão solene hoje (19). Na presença dos parlamentares, indígenas de distintas etnias pediram respeito, mais incentivos para que tenham acesso ao ensino superior, elaboração de um plano indigenista para os próximos quatro anos e ampliação de verbas para as áreas de saúde, saneamento, educação e assistência social.

A estudante Maíra dos Santos Bentes Tapuia, que cursa medicina na Universidade Federal do Tocantins (UFT), emocionou os presentes. Ela disse que a cota para indígenas representa a preservação da memória nacional.

Maíra Tapuia citou as dificuldades de um indígena se inserir em uma universidade destinada a brancos e concluir um curso superior. A universitária pediu aos parlamentares que não permitam que os indígenas sejam esquecidos.

“Precisamos de auxílio-moradia, auxílio-permanência e também necessitamos terminar a nossa faculdade, porque o ingresso é difícil. Sair das nossas aldeias é difícil, entrar na universidade, fazer uma prova de conhecimento totalmente branco é difícil. Mas precisamos não só entrar, mas, sim, ter condições de terminá-la, ter condições de estar lá, dentro e sermos equivalentes aos conhecimentos que nos são dados. Nós não podemos ser uma minoria esquecida dentro da universidade”, apelou Maíra aos senadores.

O senador Telmário Mota (PTB-RR), que propôs a homenagem, alertou sobre a redução de recursos destinados aos indígenas. “Se não houver união dos povos indígenas, nós vamos ser sempre derrotados por interesses outros, que estão longe de ser os interesses dos povos”, disse Telmário Mota.

Marcos Terena, que faz parte da Comissão Justiça e Paz, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pediu apoio na elaboração de um plano de ação de política indigenista para os próximos quatro anos. De acordo com ele, a proposta é que este documento seja encaminhado a todos os candidatos à Presidência da República.

Líder de Redenção, no Pará, Tuire Kayapó, pediu que os indígenas sejam tratados com respeito: "Então, eu quero dizer: para falar com nossas autoridades indígenas tem que ter respeito para receber e conversar. É para isso que vocês são autoridades”.

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