Deputados pedem cumprimento do cronograma de vacinação contra a Covid-19

Fonte: Wikinotícias

16 de março de 2021

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Integrantes da Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de combate à Covid-19 cobraram do governo federal nesta terça (16) o cumprimento do cronograma de entrega de vacinas, a inclusão de categorias nos grupos prioritários e os critérios de distribuição das doses aos estados e municípios.

A gerente do Programa Nacional de Imunização (PNI), Franciele Fontana, informou que 424, 9 milhões de doses já estão com contratos de compra fechados e outras 151 milhões dependem de negociações. Até agora, segundo o governo, já foram distribuídos 24,7 milhões de doses e 11,9 milhões foram aplicadas. Os 29 grupos prioritários somam mais de 77 milhões de pessoas, incluindo pessoas com comorbidades.

"A gente reduz em torno de 70 a 80% do impacto da pandemia, porque é onde mais morrem pessoas; atender os outros grupos para manutenção dos serviços essenciais e as populações vulneráveis e, na sequência, atender toda a população brasileira que tenha indicação de imunização para ser vacinada”, completou Franciele.

A preocupação dos parlamentares é que os números divulgados pelo Programa Nacional de Imunização incluem doses de vacinas ainda não aprovadas no Brasil e há atraso nas entregas dos laboratórios, fazendo com que o cronograma seja revisto frequentemente. Também foi questionada a necessidade de reservar vacinas para a aplicação da segunda dose. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) reclamou que falta previsibilidade e transparência na vacinação.

“Todo brasileiro tem o direito de saber quando será vacinado, seja em agosto, seja em setembro, seja em dezembro, seja no ano que vem. Agora, essa previsibilidade é supernecessária.”

Gerente de inovação do Butantan, Cristiano Gonçalves afirmou que 23 milhões de doses terão sido entregues até o final de março e há um contrato com o Ministério da Saúde para 54 milhões de doses até setembro.

Na Fundação Oswaldo Cruz, a presidente, Nisia Trindade, relatou que a entrega de insumos já foi regularizada e começa a produção nacional da vacina de Oxford. Das vacinas já prontas, serão disponibilizadas 20 milhões de doses a partir de abril, para completar 100, 4 milhões de doses em julho. Ela acredita que a pandemia traz um aprendizado sobre a complexidade da produção mundial de vacinas.

“Será fundamental repensar essa ordem global de países ficarem, muitas vezes, com cinco vezes o número de vacinas do seu país e uma nação como a nossa, que está enfrentando infelizmente a dificuldade que estamos enfrentando nesse momento, com o agravamento da pandemia, não possamos ter um número maior de doses, sem falar de países da África, sem falar dos nossos países irmãos da América Latina, com a mesma dificuldade de acesso a vacinas.”

O gerente de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, informou que há reuniões previstas sobre a vacinas russa Sputnik V, a indiana Covaxin, a norte-americana Janssen e a chinesa Cansino Biotech. A Anvisa também está acompanhando estudos laboratoriais de outras três vacinas nacionais e quatro estrangeiras.

Fontes