Continuam prisões e desaparecimentos de seguidores de Kalupeteka

Fonte: Wikinotícias
Angola.

Agência VOA

"Mãos Livres" detalha casos e diz que ordens vêm de "órgãos superiores".

24 de julho de 2015

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A associação de direitos humanos angolana Mãos Livres acusou as autoridades de levarem a cabo uma campanha de prisões e desaparecimento de fiéis da seita A Luz do Mundo de Julino Kalupeteka. A Mãos Livres diz que houve mesmo pelo menos um caso de tortura.

Num comunicado a organização disse que uma equipa de advogados da esteve na Huíla entre 8 e 18 de Julho para avaliar a situação na sequência dos confrontos de 16 de Abril em que segundo notícias centenas de pessoas foram mortas.

O governo nega isso afirmando que menos de vinte pessoas morreram e que grande parte eram agentes da polícia

A Mãos Livres disse que durante as suas investigações ficou no entanto claro que uma intensa campanha de repressão continua, detalhando prisões e actos de intimidação generalizados contra o seguidores da seita.

Há também fiéis que desapareceram. A este respeito a organização cita a prisão de 11 fieis no Longonjo cujo paradeiro se desconhece, o mesmo acontecendo com um numero indeterminado de pessoas que foram presas no Cuinga.

Devido as acções da polícia a organização disse que muitos crentes fugiram parte incerta, alguns deles vendendo o seu gado antes de desaparecerem.

A organização diz que na Caala uma mulher de nome Helena Ngueve foi torturada e que no bairro de São Pedro, 15 residências de seguidores de Kalupeteka foram vandalizadas.

A organização diz que as prisões são efectuadas por deliberação de órgãos superiores da policia nacional e da Procuradoria-Geral da República e que advogados têm sido impedidos de contactar os presos.

Devido a isso “não se conhece o numero real de cidadãos nas cadeias por razões religiosas” mas a organização diz poder afirmar que “mais de uma centenas de fiéis” encontram-se presos.

A Mãos Livres considera estes actos como uma violação dos direitos a liberdade de consciência e crença religiosa e apela ao Procurador-Geral da República para fazer cumprir as leis, e apela também a comunidade internacional para “que se empenhe na protecção dos cidadãos membros da Igreja A Luz do Mundo”.

A amnistia internacional condenou entretanto a breve detenção de quatro activistas e um jornalista que tencionavam visitar alguns integrantes do autodenominado Movimento Revolucionário detidos há mais de um mês na prisão de Calomboloca.

A Amnistia Internacional considerou as detenções como mais um sinal de uma crescente repressão contra a dissidência e de violações flagrantes dos direitos à liberdade de expressão, reunião e associação em Angola.

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