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Comunicação pública cabo-verdiana em debate

Fonte: Wikinotícias
Cabo Verde.

Agência VOA

Fusão de todos os meios de comunicação públicos não está a ser bem vista pelos trabalhadores do sector.

28 de julho de 2015

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O Governo cabo-verdiano já anunciou que vai fundir a Radiotelevisão Caboverdiana (RTC) e a agência de notícias numa única empresa pública de comunicação social. Esta medida não está a ser bem vista pelos trabalhadores do sector, bem como outras personalidades do país, já que duvidam da eficácia na melhoria do serviço público de informação prestado aos cabo-verdianos.

O jornalista e professor universitário Daniel Medina considera que o argumento de que a fusão das duas empresas vai no sentido da redução dos custos de gestão e rentabilidade dos recursos humanos até pode funcionar, mas diz que isso pode também ser visto como uma tentativa de concentração e controlo da informação.

Já o jornalista Carlos Santos considera que a fusão da forma que se pretende fazer, não trará mais-valia na melhoria do serviço público de informação prestado aos cidadãos.

Para Santos, "o momento não é adequado para se fazer uma reforma com esta profundidade no sector da comunicação social público, até porque, segundo o jornalista a RTC, é visível não haver condições objectivas para a tal fusão".

Em debate também está a própria situação da imprensa cabo-verdiana, em que os privados consideram estar sufocados por falta de recursos.

No entanto, Daniel Medina entende que os mesmos devem ser mais criativos e procurar meios que permitam abrir caminho para a sua afirmação.

Ainda assim, aquele especialista endente que o mercado cabo-verdiano é relativamente pequeno para suportar vários órgãos, embora seja salutar a existência de vários canais, já que contribuem para o pluralismo de ideias e reforço da democracia.

No que se refere à publicidade, Daniel Medina afirma que se deve reservar maior espaço aos órgãos privados, reduzindo, neste caso, a presença da rádio e televisão públicas no mercado publicitário, uma vez que estes órgãos são financiados pelo Estado através dos contribuintes.

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