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China é o primeiro país do mundo a colher amostras do lado oculto da Lua

Fonte: Wikinotícias

30 de junho de 2024

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A Lua em 2019

A Administração Nacional do Espaço da China, CNSA informou nesta sexta-feira que com a missão Chang'e 6 conseguiu trazer de volta quase 2 quilos de material do lado oculta da Lua, as primeiras que retornam à terra a partir da face oculta do satélite terrestre.

No princípio de junho as amostras foram coletadas usando uma broca e um braço robótico perto do Polo Sul lunar. Um veículo ascensor então as levantou da superfície lunar e as transferiu em órbita para um outro veículo de reentrada, que depois viajou de volta à Terra. O material recolhido, que incluem rochas e regolito, foram cuidadosamente extraídas da cratera Aitken do Pólo Sul, uma das maiores e mais antigas da lua.

A cápsula que trouxe as amostras da Lua pousou com sucesso na região autónoma do Norte da Mongólia Interior em 25 de junho. Após um minucioso processo de recuperação e transferência para Pequim, as amostras foram entregues a equipas de pesquisa chinesas escolhidas para iniciar a análise e estudos do material recolhido.


Percebemos que as amostras trazidas pela Chang'e 6 são mais viscosas em comparação com as anteriores, com a presença de grumos. Estas são as características até agora observáveis

Ge Ping, Subdiretor do Centro de Engenharia e Exploração Lunar da CNSA e porta-voz da missão em declarações recolhidas pela Agência Estatal Xinhua.

A importância do lado oculto da Lua[editar | editar código-fonte]

A China, o único país que até agora pousou na face oculta da lua, dedicará as duas próximas missões Chang'e à exploração do polo sul do satélite, onde faz planos para construir uma base de exploração científica junto com a Rússia e outros países. Acredita-se que no lado oculto da Lua possam existir vestígios de gelo, que poderia ser usado para obter água, oxigénio e hidrogénio a serem usados no futuro na criação de uma base para exploração de outros corpos celestes.

A missão Chang'e 7 está programada para chegar ao Polo Sul lunar em 2026, onde procurará depósitos de gelo de água, enquanto a Chang'e 8 em 2028 vai explorar possíveis usos dos recursos minerais que o seu antecessor descobrir e estabelecerá as bases para uma exploração tripulada, que o programa espacial chinês espera materializar por volta de 2030.

Fontes[editar | editar código-fonte]