Chávez prende oficiais que estariam tramando golpe e assassinato

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

12 de setembro de 2008

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Um grupo de oficiais venezuelanos foi preso na madrugada de ontem (11) e levado para Caracas, para prestar depoimento sobre um suposto plano para assassinar o presidente Hugo Chávez e tomar o poder na Venezuela por meio de um golpe, de acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, que é estatal.

Os oficiais foram presos na Base Aérea El Libertador (Bael), em Maracay, capital do estado de Aragua, no leste da Venezuela. O plano teria sido anunciado por um vídeo exibido pelo Programa La Hojilla, na noite de quarta-feira. O vídeo continha gravações de supostos militares aposentados que estariam organizando um plano.

A transferência dos oficiais para Caracas foi confirmada pelo comandante da Quarta Divisão Blindada e chefe da Guarnição Militar de Macaray, general Alejandro José Tineo Peña. Ele determinou também a abertura de uma investigação nas duas unidades militares mencionadas no vídeo. De acordo com o comandante, os oficiais estão sendo acompanhados por uma comissão da Direção de Inteligência Militar.

O número de oficiais presos não foi informado. Tineo Peña afirmou que está sendo obedecida a presunção de inocência dos oficiais da ativa, mas disse que investigações são necessárias “pois não sabemos se há má intenção de parte dos oficiais aposentados na conversa telefônica transmitida no vídeo”.

O comandante disse ainda que não tem conhecimento sobre o envolvimento no suposto plano para assassinar Chávez do general Raúl Isaias Baduel, ex-companheiro-em-armas do presidente venezuelano e seu principal opositor. “Só sei dos oficiais que aparecem no vídeo, no qual estão plenamente identificados”, disse Tineo.

A atitude de Chávez contra o suposto golpe ocorre em meio ao agravamento da crise boliviana, onde os atritos entre partidários do governo e da oposição já deixaram oito mortos e mais de 20 feridos. Um dia após a Bolívia expulsar o embaixador norte-americano, o presidente venezuelano acusou os Estados Unidos de financiar a oposição e defendeu intervenção caso ocorra um golpe contra o presidente Evo Morales.

Chávez já foi vítima de um golpe fracassado em abril de 2002, que durou apenas alguns dias. Ele acusa os EUA de envolvimento, o que a Casa Branca sempre negou.

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