Cessar-fogo de três dias no Sudão é parcialmente mantido

Fonte: Wikinotícias

25 de abril de 2023

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Um cessar-fogo de três dias no Sudão parecia estar sendo mantido nesta terça-feira na capital, Cartum, embora testemunhas tenham relatado alguns combates em andamento entre o exército e as forças paramilitares.

Tanto as Forças Armadas Sudanesas quanto as Forças de Apoio Rápido se comprometeram publicamente a manter a suspensão dos combates.

“Para apoiar um fim duradouro dos combates, os Estados Unidos se coordenarão com parceiros regionais e internacionais e partes interessadas civis sudanesas, para ajudar na criação de um comitê para supervisionar a negociação, conclusão e implementação de uma cessação permanente das hostilidades e arranjos humanitários no Sudão”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em comunicado.

Mas a Organização Mundial da Saúde alertou para um novo problema: um “enorme risco biológico” depois que um dos lados do conflito no Sudão ocupou um laboratório que contém patógenos de sarampo, poliomielite e cólera, além de outros materiais perigosos.

Nima Saeed Abid, representante da OMS no Sudão, não especificou qual lado estava envolvido, mas disse aos repórteres que a situação era “extremamente perigosa”.

“Essa é a principal preocupação: não ter acessibilidade para os técnicos de laboratório irem ao laboratório e conterem com segurança o material biológico e as substâncias disponíveis”, afirmou.

Pelo menos 427 pessoas foram mortas e mais de 3.700 ficaram feridas, segundo agências da ONU, desde o início dos combates em 15 de abril. Alguns bairros de Cartum ficaram em ruínas.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu na segunda-feira aos membros do Conselho de Segurança da ONU “que exerçam o máximo de influência com as partes para acabar com a violência, restaurar a ordem e retornar ao caminho da transição democrática”.

O Conselho de Segurança está programado para realizar uma reunião sobre o Sudão na terça-feira.

Guterres também disse que a ONU não está deixando o Sudão, mas realocou temporariamente “centenas” de funcionários dentro e fora do país.

Fontes