Cabo Verde: Oito militares mortos quando iam ajudar a controlar incêndio de grandes dimensões

Fonte: Wikinotícias
Presidente da República José Maria Neves

3 de abril de 2023

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Oito militares cabo-verdianos morreram neste domingo, 2, quando o camião das Forças Armadas em que seguiam para ajudar a combater um grande incêndio que desde ontem lavra na Serra Malagueta, em Santiago, capotou.

No caminhão estavam 20 militares e vários encontram-se feridos.

O Governo já decretou luto nacional de dois dias e tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro manifestaram a sua solidariedade para com as famílias das vítimas a quem prometeram todo o apoio.

O incêndio começou no sábado, 1, na área protegida da Serra da Malagueta e, segundo o Ministério da Agricultura e Ambiente, terá sido fogo posto, tendo a polícia detido um homem, suspeito do crime.

A mesma fonte acrescentou que, até hoje, “a área afectada estima-se entre 60 e 70 hectares, zonas de altitude e de difícil acesso" e "as vegetações afectadas foram vegetações arbustiva e herbácea (pastos), carapate e algumas acácias Holocerica de pequeno porte”.

O fogo encontra-se num local de difícil acesso, o que tem exigido muito esforço dos bombeiros da ilha que se deslocaram à região, no norte de Santiago, para combater o incêndio.

Sem meios aéreos para o combate, as Forças Armadas enviaram 20 militares num camião neste domingo para reforçar os socorristas, mas o veículo capotou.

Luto nacional de dois dias

Um comunicado do Serviço Nacional de Protecção Civil revela que além dos 200 operacionais de todas as corporações de Bombeiros de Santiago, também estão envolvidos no combate vários militares.

Nos Estados Unidos, onde se encontra em visita, o Presidente da República emitiu um comunicado em que revela "a sua imensa consternação perante o incêndio que já consumiu uma área substancial do perímetro florestal da Serra da Malagueta, tendo originado ainda a perda de vidas humanas".

José Maria Neves acresccenta que "todo o país está perante uma enorme provação e uma profunda tristeza" e exprime "as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas mortais, desejando encontrem forças para fazer face a este momento de profunda perda e sofrimento no seio familiar".

O primeiro-ministro, cujo Governo decretou dois dias de luto nacional, emitiu um comunicado em que diz estar "a acompanhar esta trágica situação, pelo que manifesto em nome do Governo de Cabo Verde, minha total solidariedade aos familiares e à instituição Forças Armadas".

"As nossas preocupações e desejos de recuperação para os feridos, alguns em estado grave, de entre os quais um colaborador do Ministério da Agricultura e Ambiente. O Governo presta total apoio aos familiares das vítimas”, conclui a nota de Ulisses Correia e Silva.

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