Saltar para o conteúdo

Cabo Verde: Autoridades militares prometem punir soldados que violentaram colegas de caserna

Fonte: Wikinotícias

21 de maio de 2021

Email Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A circulação, nas redes sociais, de dois vídeos em que surgem alguns militares a violar os direitos de outros colegas de caserna está a provocar onda de indignação e mal estar na sociedade cabo-verdiana.

Além de agressão com um objecto, as imagens mostram militares encenando actos sexuais contra a vontade de outros.

O Estado Maior das Forças Armadas já emitiu um comunicado lamentando o sucedido, reafirmando que foram actos praticados por soldados contra colegas de farda e armas, sem mando de qualquer graduado.

Mais disciplina

No comunicado lê-se que foram "atitudes inaceitáveis e condenáveis", que as Forças Armadas prometem medidas "disciplinares e criminais " de forma exemplar.

Estes actos "vergonhosos e condenáveis", como diz o chefe de Estado Maior, Major General, Anildo Morais, não vinculam as Forças Armadas, que prometem punições duras contra os infractores.

"Vamos tomar todas medidas necessárias para que os prevaricadores sejam punidos severamente e que actos do tipo não voltem a acontecer na nossa Instituição", frisa Morais.

O capitão Arsénio Andrade, chefe do gabinete do Estado Maior, disse que o primeiro video, no qual um soldado é agarrado e agredido com um objecto no ânus, chegou ao conhecimento das chefias superiores a 3 de Março, e medidas disciplinares já foram tomadas.

Os infractores aguardam pelo desfecho criminal por parte do tribunal militar, disse Andrade.

O segundo video, que mostra alguns jovens militares encostados à parede e obrigados por colegas a fazerem cenas contra a vontade, chegou ao conhecimento do Estado Maior, na terça-feira, 18 deste mês.

O antigo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Brigadeiro Antero Matos, entende que a instituição militar deve reforçar mecanismos para evitar que situações do género se repitam.

Uma das medidas, diz Matos, passa pelo reforço de acções de formação e orientação dos efectivos das forças armadas, prática que era muito forte na primeira república.

Fontes