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Brasil insiste em “ampla” presença de observadores internacionais nas eleições presidenciais na Venezuela

Fonte: Wikinotícias

21 de junho de 2024

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Maduro e Lula são considerados aliados

O governo brasileiro ratificou na quarta-feira a importância de as eleições presidenciais na Venezuela contarem com “grande presença de observadores internacionais”, em conformidade com os acordos assinados em Barbados.

“Quem vencer as eleições do próximo mês de julho, seja o governo ou a oposição, precisará que todos aceitem a sua legitimidade. Daí a importância da participação de observadores internacionais”, disse o chanceler do Brasil, Mauro Vieira, durante comparecimento perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados de seu país.

Em maio, o Brasil anunciou que não enviaria observadores às eleições que seriam realizadas em 28 de julho na Venezuela. Embora não tenha especificado os motivos, o anúncio ocorreu pouco depois de o órgão eleitoral venezuelano ter revogado o convite para uma Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) para as eleições.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula Da Silva, destacou no início de junho a importância de ter uma “ampla presença” de observadores internacionais nas eleições de julho, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo, Nicolás Maduro.

A decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre a MOE UE ocorreu depois de, no quadro dos esforços para conseguir eleições competitivas, o bloco ter prorrogado “por um período mais curto” as sanções contra responsáveis ​​venezuelanos e levantado aquelas que pesam sobre vários deles , entre eles Elvis Amoroso, presidente da CNE.

A MOE UE é uma das missões técnicas de observação eleitoral que o governo e a oposição concordaram em convidar no acordo assinado em Barbados.

Após a retirada do convite para a missão da UE, a Colômbia também informou que não enviaria observadores à Venezuela. Entretanto, as Nações Unidas (ONU) estão a avaliar o convite da CNE para enviar um painel de peritos para as eleições.

O Brasil, em diversas ocasiões, manifestou seu compromisso com os acordos que tanto o governo quanto a oposição se acusam mutuamente de terem violado.

Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro, considerados aliados de Maduro, têm sido a favor de garantias eleitorais para todos os atores políticos venezuelanos e questionam abertamente as desqualificações políticas contra a oposição, que denuncia uma nova “onda de repressão” e perseguição.

Petro descreveu como um “golpe antidemocrático” que a líder da oposição, María Corina Machado, vencedora das primárias presidenciais, mas desqualificada para ocupar cargos públicos, não tenha sido autorizada a registar-se para participar nas eleições.

Lula Da Silva, por sua vez, qualificou de “extraordinário” que a oposição se tenha unido e nomeou o diplomata Edmundo González Urrutia como candidato de consenso, depois de ter sido impossível registar Machado e a sua candidata substituta, Corina Yoris, uma filósofa de 80 anos. . anos que não teve impedimentos para se candidatar.

Em abril, Petro disse ter proposto ao governo venezuelano e à oposição a realização de um plebiscito que garantiria um “pacto democrático” e certezas, incluindo segurança de vida, para quem perdesse as eleições.

Fontes[editar | editar código-fonte]