Bolsonaro é alvo da PF e entrega o passaporte

Fonte: Wikinotícias

8 de fevereiro de 2024

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Polícia Federal do Brasil tentou confiscar passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro hoje (8) por uma suposta tentativa de golpe de Estado durante seu governo. Bolsonaro foi solicitado a entregar seu passaporte em até 24 horas, de acordo com decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, divulgada quinta-feira.

A defesa de Jair Bolsonaro comunicou que entregou o passaporte do ex-presidente no fim da manhã, em Brasília.

O ex-presidente criticou o sistema de votação do Brasil e nunca concedeu a eleição ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A polícia não confirmou a identidade dos buscados, mas um policial com conhecimento da operação disse à Associated Press que um dos alvos é o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e companheiro de chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

A polícia planeja realizar 33 buscas e fazer quatro prisões, de acordo com um comunicado policial.

O comunicado divulgado pela polícia afirma que os conspiradores planeavam alegar fraude antes das eleições "para permitir e legitimar uma intervenção militar".

Além disso, após a eleição, o partido político de Bolsonaro apresentou um pedido de anulação dos votos lançados na maioria das urnas eletrônicas, o que teria anulado os resultados. A autoridade eleitoral rejeitou suas tentativas.

O presidente Lula recusou-se a comentar uma investigação selada, mas disse que o seu adversário eleitoral desempenhou um papel fundamental na tentativa de golpe, especialmente na revolta de 8 de janeiro na capital do Brasil em 2023.

“Muita gente deveria ser investigada, porque é fato concreto que houve uma tentativa de golpe, houve uma política de desrespeito à democracia, houve uma tentativa de destruir algo que construímos há tantos anos, que é o processo democrático”, Lula disse.

Estas investigações ocorrem pouco mais de uma semana depois de a polícia ter visado outros aliados de Bolsonaro que estariam supostamente envolvidos num grupo de “crime organizado” que operava dentro da agência de inteligência durante o seu mandato.

Os alvos incluem Carlos, filho de Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, e Alexandre Ramagem, ex-chefe da agência de inteligência do Brasil.

Fontes[editar | editar código-fonte]