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Angola: Pequenas e médias empresas "lutam" para não fechar as portas

Fonte: Wikinotícias

Luanda • 24 de agosto de 2021

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Agência VOA

A crise econômica que afeta Angola decorrente da pandemia da COVID-19 tem já um grande reflexo em todos os segmentos empresariais do país.

As empresas, de diversas dimensões, apontam a diminuição nas vendas e a redução do quadro de funcionários com demissões como algumas das consequências que corroem a sua estrutura.

Enquanto a industrialização da economia angolana não chega, o país sobrevive de esforços de pequenas e médias empresas.

A VOA quis saber como as pequenas e médias empresas aguentam a economia nacional em tempos da COVID-19.

Alberto Manuel, gerente de uma casa de lubrificantes no município de Talatona, em Luanda, diz que a situação é insustentável e que mantém o negócio apenas para evitar o pior.

“Só mesmo Deus para eu conseguir manter as portas abertas num tempo como estes, os lucros quase que não cobrem as despesas que temos com os trabalhadores”, afirma Manuel, que ressalta ainda que continua com as portas abertas “porque não posso parar, para que o pior não aconteça”.

Adolfo Pereira, supervisor de uma pequena empresa com cerca de sete funcionários, que atua na restauração em Viana, também na capital, afirma não ter lucros e que e muitos funcionários foram dispensados para poder manter o negócio.

“Temos pessoal em casa por causa da pouca produtividade e não temos como manter o pessoal a 100% na empresa”, lamenta.

Por sua vez, a proprietária de uma pequena empresa fornecedora de bens alimentares, como rissóis e sandes (magogas), Maria José Nunes, revela que com muito sacrifício mantém a loja aberta.

“Não é fácil. Acordo todos os dias às duas horas da manhã para fazer as coisas para poder chegar aqui onde eu estou”, conta.

O economista Horácio Rodrigues considera que para algumas destas pequenas e médias empresas tiveram de reduzir o pessoal e fazer ajustes.

“Fizeram-se ajustes salariais, definiram-se novas modalidades de pagamento de salários, tais como salários por comissão, os restaurantes passaram a ter mais venda em take-away, passaram a fazer uso das novas ferramentas tecnologias”, lembra.

O economista explica que muitas pequenas e médias empresas resistem, mas ainda assim acabam encerrando as portas “mandando centenas de funcionários para o olho da rua”.

A extensão e a profundidade das consequências da pandemia e da crise econômica não são ainda conhecidas na sua plenitude, mas já deixam marcas na economia e na sociedade angolanas.

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