Amnistia Internacional critica detenção de jornalista e activistas

Fonte: Wikinotícias
Angola.

Agência VOA

AI denuncia aumento da repressão em Angola.

23 de julho de 2015

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A Amnistia Internacional (AI) considera que a detenção de quatro activistas de direitos humanos e um jornalista é o mais recente sinal de uma crescente repressão contra a dissidência e de violações flagrantes dos direitos à liberdade de expressão, reunião e associação em Angola.

Num comunicado emitido esta quinta-feira, 23, a organização de defesa dos direitos humanos reage à detenção ontem do correspondente da Voz da América e quatro activistas que tentaram visitar alguns integrantes do auto-denominado Movimento Revolucionário detidos há mais de um mês na prisão de Calomboloca.

“A detenção arbitrária desses activistas é uma manobra clara por parte da polícia e das autoridades angolanas para assediar e intimidar qualquer um que se associe àqueles que se opõem ao regime opressivo”, disse Noel Kututwa, director-adjunto da Amnistia para a África Austral, acrescentando que “essas tácticas são projectadas para reduzir o espaço de liberdade de expressão, reunião e associação e isto tem de parar”.

Segundo a nota da AI, os activistas foram acusados de intenção "de fazer política na prisão", enquanto o jornalista foi detido por simplesmente tirar uma foto da prisão.

O grupo também teve os seus equipamentos apreendidos.

"É chocante que uma pessoa seja detida simplesmente por visitar activistas na prisão ou por tirar uma fotografia”, continua Kutuwa, para quem “a polícia angolana deve parar de abusar dos seus poderes e se concentrar em garantir a segurança e a segurança de todos os angolanos”.

A AI diz ainda que as autoridades angolanas têm aumentado as baterias contra os defensores dos direitos humanos e aqueles que pedem a prestação de contas por parte das autoridades.

Nos últimos anos, continua a AI, “muitas pessoas foram mortas, desapareceram ou foram torturadas pelas forças de segurança por criticarem os 36 anos de gestão do Presidente José Eduardo dos Santos”.

A organização de defesa dos direitos humanos lembra ainda que a 21 de Junho de 2015, mais de uma dúzia de activistas foram detidos em Luanda quando participavam de uma reunião para discutir as violações dos direitos humanos e a governação do país.

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