A organização Freedom House adverte que a liberdade na internet continua em declínio
22 de setembro de 2021
A liberdade global na internet diminuiu pelo décimo primeiro ano consecutivo, disse a organização Freedom House. Dos 11 países da região avaliados, dois foram classificados como "não livres": Cuba e Venezuela.
Freddom House apresentou na terça-feira seu estudo anual sobre direitos humanos na área digital, Fredoom on the Net, onde estuda 70 países. O texto explica que houve piora em 30 países, enquanto apenas 18 tiveram melhorias.
A China foi classificada pelo estudo como o pior ambiente para a liberdade na internet pelo sétimo ano consecutivo, marcando 10 pontos em 100. Mianmar, por sua vez, teve a maior queda de pontuação já registrada desde o início do projeto.
“A liberdade de expressão online está sob pressão sem precedentes. Mais governos do que nunca prenderam usuários por discursos políticos, sociais ou religiosos não violentos ”, diz o relatório.
A organização registra que em 56 países, pessoas foram presas ou condenadas por seus discursos online. Além disso, as autoridades suspenderam o acesso à Internet em pelo menos 20 países e 21 estados bloquearam o acesso às redes sociais “com mais frequência em tempos de turbulência política, como protestos e eleições”.
- “Autoritarismo digital” na América Latina
Cuba, um dos dois países estudados na região obteve 21 pontos em 100. O relatório indica que embora haja melhorias na infraestrutura técnica, a conexão é deficiente e o acesso regular à Internet é caro. Eles observam que o governo impôs restrições de conectividade após os protestos históricos de novembro de 2020.
No caso da Venezuela, a nação sul-americana obteve 28 dos 100 pontos. Conforme a crise no país continua, a organização indica, “a liberdade na Internet na Venezuela se tornou mais precária”. O relatório aponta como o governo bloqueou o acesso a sites em momentos delicados e que as autoridades parecem estar considerando reformas legais restritivas para a liberdade de expressão online.
A Nicarágua obteve 48 pontos em 100, por isso é classificado como "parcialmente livre". Eles apontam que embora os nicaragüenses tenham acesso a plataformas digitais e páginas da web, o governo de Daniel Ortega teria consolidado seu controle sobre a paisagem digital, por meio da “manipulação da informação”, entre outros.
“Para combater o autoritarismo digital, as democracias devem garantir que os regulamentos permitam que os usuários se expressem livremente, compartilhem informações através das fronteiras e responsabilizem os poderosos”, recomenda a organização.
Fonte
- ((es)) La organización Freedom House alerta de que la libertad en internet sigue en caída — VOA News, 21 de setembro de 2021
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |