"Sem autarquias, Angola está na cauda do barómetro da democracia", diz Raúl Tati

Fonte: Wikinotícias
Angola.

Agência VOA

Para Cabinda, as eleições autárquicas não são uma solução.

27 de julho de 2015

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O conhecido padre angolano Raúl Tati considera que a indefinição de datas para as eleições autárquicas coloca o país na cauda do barómetro da democracia a nível dos países africanos de expressão portuguesa. Perante um cenário a dividir o Governo do MPLA e a oposição, sobretudo a parlamentar, ele afirma que este enguiço estará a esconder problemas nos bastidores do poder.

Defensor de uma sociedade civil interventiva, o padre Raúl esteve em Benguela a falar sobre “Autonomia dos povos e autarquias, perspectivas para Cabinda”, numa palestra promovida pela organização não governamental Omunga.

Aos argumentos do MPLA, resumidos na definição de modalidades e de um calendário para as autarquias, a oposição tem vindo a responder com o que chama de falta de vontade política.

Confrontado com este jogo de incertezas, o padre Raúl Tati não tem dúvidas de que há um discurso “tímido” e desonesto da parte das autoridades, que coloca Angola abaixo de países irmãos que tiveram problemas similares no campo político-militar.

Tati agarra-se a imperativos constitucionais para despertar a sociedade civil, uma franja isenta da luta pelo poder e somente preocupada com a boa governação.

“O discurso tímido, muitas vezes torpes, das autoridades competentes pode indiciar a existência de um calcanhar de Aquiles nos bastidores do poder porque qualquer argumento justificativo, logrará apenas colocar Angola na cauda do barómetro da democracia a nível dos demais países de expressão portuguesa, que tiveram as mesmas vicissitudes históricas”, diz o religioso que aponta o caso de Moçambique, “um país dilacerado pela guerra mas que entrou já na normalidade democrática e onde as eleições autárquicas são uma rotina”.

Raúl Tati acrescentou que as eleições autárquicas, no entanto, não são a solução para o problema de Cabinda.

Para aquele activista, nesse caso está-se a faltar ao direito à autodeterminação dos povos, conforme os pressupostos do direito internacional público..

“É um princípio que se consubstancia no direito de um povo escolher, sem interferência externa, o seu estatuto político e a prosseguir livremente o seu desenvolvimento económico, social e cultural, bem como o consequente dever de outros Estados respeitar este direito inalienável», explicou Raúl Tati na palestra feita em Benguela.

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