"Ninguém te pediu opinião", responde vereadora argentina a Bolsonaro sobre a questão do aborto

Fonte: Wikinotícias

31 de dezembro de 2020

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A ativista social e vereadora de Buenos Aires Ofelia Fernández se manifestou ontem após a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a aprovação do aborto na Argentina. Ela escreveu em seu Twitter: "muito boa a opinião que ninguém te pediu. Aproveito para recomendar que não relaxes, que a força feminista latino-americana no Brasil se soma à fúria por Marielle. Sorte, pois isto recém começa" ("Muy buena la opinión que nadie te pidió. Aprovecho para recomendarte que no te relajes, que a la fuerza feminista latinoamericana en Brasil se le suma la furia por Marielle. Suerte, esto recién empieza").

Ontem, após o Senado argentino aprovar a lei que permite o aborto até a 14ª semana de gravidez, Bolsonaro escreveu no Twitter: "lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado. No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!"

No Brasil, o aborto só é permitido em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou quando o feto tem anencefalia. Se realizado em outras circunstâncias, é passível de três anos de prisão.

Em 2018, ainda no governo Temer, houve uma audiência pública sobre o tema, quando uma representante do Ministério da Saúde lembrou que, apesar da proibição, uma em cada cinco mulheres brasileiras já se submeteram a um aborto e que a cada ano 203 mulheres morrem e outras 250.000 são hospitalizadas por complicações em intervenções clandestinas.

No Twitter, alguns brasileiros chamaram a atenção para a liberação do aborto ser uma questão social muito mais ampla. "Aborto é 'legal' pras classes média e rica, em clínicas privadas. Legalizar permite que pobres façam em hospitais públicos. A luta contra o aborto não é a favor da vida, é luta de classes, ricas contra pobres", escreveu um usuário de nome Ricardo Mendes (veja aqui).

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