"Ameaça de Dhlakama é séria mas Nyusi pode impedi-la", dizem analistas moçambicanos

Fonte: Wikinotícias
Moçambique.

Agência VOA

No fim-de-semana, na província central de Tete, Afonso Dhlakama deu um prazo de uma semana ao Governo para reagir às suas exigências.

19 de janeiro de 2015

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Em Moçambique, analistas dizem que a ameaça do líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama de criar uma república do centro e norte do país é séria, mas pode não concretizar-se se o novo chefe de estado, Filipe Nyusi, cumprir a promessa de pautar a sua conduta por uma governação transparente e inclusiva.

O docente do Instituto Superior de Estudos de Defesa de Moçambique, José Macaringue diz que as ameaças de Afonso Dhlakama devem ser encaradas com seriedade e acredita que Filipe Nyussi vai fazê-lo.

"O Presidente Nyusi está a encarar essas ameaças com seriedade e penso que vai ser capaz de lidar com a situação. O líder da RENAMO é um indivíduo que gosta de ser ouvido, e o Presidente Filipe Nyussi já disse que pretende valorizar as opiniões de todos os líderes políticos deste País", realçou Macaringue.

Por seu turno, o professor de Ciências Políticas na Universidade Nachingweia, António Ubisse, considera que Afonso Dhlakama sabe que o Governo de Moçambique não vai ceder em nenhum dos seus pontos, tanto mais que a reivindicação que ele faz é fundamentalmente para os membros e simpatizantes da RENAMO.

Ubisse entende, igualmente, que com esta reivindicação, Afonso Dhlakama "pode também querer apenas reforçar alguns aspectos da implementação do recente acordo sobre a cessação das hostilidades, assinado entre o Governo e a RENAMO".

Para além disso, outros analistas acham que a pretensão de Afonso Dhlakama pode não ser bem recebida por aqueles que vivem no sul de Moçambique e que votaram nele.

Para o jovem militar, Mário Nhantumbo, a ameaça do líder da RENAMO pode-se enquadrar numa tentativa verbal de golpe de Estado, que não deve ser desprezada.

Nhantumbo realçou que "não se deve desprezar aquilo que o líder da RENAMO está a dizer porque se ele diz isso é porque confia em alguma coisa, para além de que Moçambique precisa desenvolver o seu sistema democrático".

Refira-se que no passado fim-de-semana, na província central de Tete, Afonso Dhlakama deu um prazo de uma semana ao Governo para reagir às suas exigências, entretanto, já consideradas uma aberração pelo porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Damiano José.

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