Na trilha do título mundial, a volta por cima de Adriana Araújo

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

28 de outubro de 2019

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O gongo soa. Primeiro round. Mas a batalha, na verdade, começou 24 horas antes. No dia que antecede o combate, as boxeadoras passam pela pesagem. Se ultrapassarem o limite de suas categorias, podem ser punidas ou proibidas de competir. Antes de vencer a argentina Claudia López por decisão unânime no evento Boxing For You, em São Paulo, e ganhar o título mundial silver, que a credencia a buscar o cinturão pleno do Conselho Mundial de Boxe (CMB), Adriana Araújo venceu um rival sempre difícil na vida de um atleta: a balança.

"Eu ganhei o título latino em 11 de agosto e tive só dois meses de preparação para essa luta. Talvez até por isso eu tenha tido um pouco de dificuldade na batida do peso. É um processo tenso. É o atleta contra ele mesmo. Para mim, a pior luta que tem", conta a baiana da categoria superleve (até 63,5 kg) em entrevista à Agência Brasil.

Referência feminina

Adriana faz parte de uma escola vitoriosa de boxeadores soteropolitanos. Integram esse “time” nomes como Acelino Popó Freitas, tetracampeão mundial profissional, Robson Conceição, medalhista de ouro na Rio 2016, e Éverton Lopes, campeão do mundo pela Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) no Azerbaijão, em 2011.

A novidade é Beatriz Ferreira, que no último dia 13 ganhou o título mundial da Aiba na Rússia. A atleta de 27 anos é da mesma categoria que Adriana competia no boxe olímpico, leve (até 60 kg), e a ajudou na preparação para os Jogos do Rio.

Além do cinturão

Agora Adriana aguarda a oportunidade de enfrentar a norte-americana Jessica McCaskill, atual campeã da categoria superleve pelo CMB e também pela Associação Mundial de Boxe (AMB), esta desde maio. Já na OMB o título da categoria foi ganho pela grega Christina Linardatou em março. A brasileira quer unificar todos esses cinturões.

“Sou muito grata pela oportunidade de ser a mulher vista para ganhar o título mundial. Mas, não quero apenas ser campeã. Quero fazer história. Ganhar das melhores. Tenho boxe e experiência para isso. Não só eu, mas minha equipe confia nisso. Minha meta agora é ganhar o mundo”, termina Adriana.

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