Moçambique: Oposição exige medidas para reduzir o custo de vida

Fonte: Wikinotícias

15 de julho de 2022

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Agência VOA

Um dia depois da manifestação que paralisou, parcialmente, as cidades de Maputo e Matola, os partidos políticos da oposição vieram a público nesta sexta-feira (15), exigir do Governo medidas para mitigar o alto custo de vida que está na base do descontentamento popular.

Em conferência de imprensa, a Renamo classificou de “deplorável” a situação vivida por muitos moçambicanos e exige que o Executivo de Maputo tome medidas concretas para dar mais dignidade ao povo.

“O drama que se vive hoje é o cúmulo da morte lenta do povo, derivada da incapacidade do Governo de prosseguir com os objetivos consagrados na Constituição da República, nomeadamente a edificação de uma sociedade de justiça social e criação de bem-estar material e de qualidade de vida dos cidadãos”, avaliou José Manteigas, porta-voz do maior partido da oposição.

Por outro lado, aquele partido voltou a criticar a atuação policial que classificou de mais opressiva do que defensora da legalidade.

“Como nos habituou, a Polícia começou a estender a sua musculatura bélica para intimidar e reprimir as populações, numa grave afronta à liberdade de reunião e de manifestação”, criticou Manteigas.

Nesta sexta-feira, as cidades de Maputo e Matola voltaram à normalidade, com o transporte público a circular e o comércio e as instituições a funcionar.

Ouvir o clamor do povo

O MDM, segundo maior partido da oposição, considerou que, apesar de a greve ter terminado sem qualquer resposta do Executivo, a população vincou a sua mensagem, cabendo ao Governo saber ouvir e dar respostas.

“As manifestações são o resultado do cansaço do povo de não ver as suas reclamações resolvidas. Agora, cabe ao Governo responder às inquietações, para que o povo esteja tranquilo”, disse Ismael Nhacucue, porta-voz do MDM.

Enquanto isso, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, salientou, num breve contacto com a imprensa, que não se pode olhar para o governo como o culpado da atual situação do custo de vida.

“Não é o Estado que está a vender os produtos, somos nós que estamos a vender e aumentar os preços, então é preciso nos organizarmos” disse Maleiane.

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