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OMS tenta desvendar mistério de bactéria em São Tomé e Príncipe

Fonte: Wikinotícias

Agência VOA

Apenas sete das 1.445 pessoas diagnosticadas com celulite nicrotizante ficaram totalmente curadas.

28 de março de 2017

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Especialistas ao serviço da Organização Mundial da Saúde (OMS) acreditam estar na posse de informações que podem levar à descoberta da bactéria que está na origem da doença rara que já afectou varia centenas de pessoas em São Tomé e Príncipe.

Depois de cerca de cinco meses de pesquisa sobre a doença que começou a ganhar força em Outubro de 2016, os especialistas apresentaram os primeiros resultados sobre a origem da chamada celulite nicrotizante que já afectou perto de 1.500 pessoas.

De acordo com Kamal Mansinho, há grandes hipóteses dos agentes patológicos envolvidos na infecção serem bactérias sensíveis a um conjunto de antibióticos disponíveis no país se o tratamento tiver inicio assim que for manifestada a doença que geralmente aparece nos braços e nas pernas.

Aquele especialista português garantiu em conferência de imprensa que três dessas bactérias já foram isoladas e que agora é preciso estabelecer a relação entre elas e as causas da infecção.

Mansinho revelou ainda ainda que são agentes bacterianos que produzem toxinas, coabitam com o ser humano e que quando atingem a pele através de uma abertura modificam a sua virulência, passando a ser mais agressivas e actuam de formas diferentes dependendo do código genético dos pacientes.

De acordo com o especialista, nesta altura há um grande número de doentes com úlceras muito profundas e extensas e que já não dependem só dos antibióticos para ficarem curados.

"Têm que passar por cirurgias e alguns até podem vir a ter limitações físicas como dificuldade em esticar o braço ou a perna se o processo de cicatrização não for acompanhado de fisioterapia", explicou.

O especialista acredita que os dados da celulite nicrotizante recolhidos em São Tomé e Príncipe vão permitir aprofundar as pesquisas sobre a doença noutros países.

Segundo as autoridades sanitárias de São Tomé e Príncipe, dos 1.445 casos de diagnosticados no país até agora apenas sete pessoas ficaram totalmente curadas.

Fontes