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Covid-19: setor turístico das Seicheles ainda sofre com a pandemia

Fonte: Wikinotícias

14 de maio de 2021

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Por Seychelles News Agency

Vendedores de souvenirs e um organizador de casamentos em Seychelles disseram que os negócios ainda não voltaram ao normal, mesmo com a reabertura das fronteiras do país há dois meses, embora as locações de automóveis pareçam estar prosperando.

Dois empresários do ramo de souvenirs e artesanato disseram à SNA na quarta-feira (12/05) que precisam diversificar para garantir que no final do mês tenham um salário para levar para casa para suas famílias.

A dona da Mangouya Fashion House, Pacquerette Lablache, disse que precisou voltar a dar aulas, carreira que deixou há 12 anos para abrir seu próprio negócio. “Mesmo já dando aulas há um mês e meio, não fechei completamente minha loja. No momento, na minha loja localizada em Camion Hall, não estamos vendo muitos turistas. Acho que precisamos de mais tempo para que as coisas corram bem. Também coloquei alguns dos meus trabalhos na loja da ESA (Enterprise Seychelles Agency) no aeroporto e, desde o final do ano passado até agora, tenho feito algumas vendas lá. As coisas estão mudando bastante lentas e as vendas não são como eram antes", disse Lablache.

Seu colega na indústria de souvenirs e artesanato, Maxim Payet, também destacou que as vendas da Coco Shell para turistas são quase inexistentes. "Tive que retirar a maioria dos meus souvenirs da minha loja e guardá-los em casa. Tentei procurar outros produtos para vender para sobreviver. No momento, estou me concentrando na venda de itens para Seychelles e não para turistas. Mesmo que haja turistas, ninguém vai à Unity House ", disse Payet.

Ele acrescentou que ter que pagar aluguel mesmo quando a loja está fechada durante o lockdown não está ajudando sua situação financeira.

Seychelles reabriu suas fronteiras para todos os visitantes em 25 de março, exceto para os vindos diretamente da África do Sul e recentemente adicionou Brasil e Índia na lista. Desde então, cerca de 20.000 visitantes desembarcaram no arquipélago de 115 ilhas no oeste do Oceano Índico.

O oganizadore de casamentos Jean-Luc Lablache, da Seyromance, disse à SNA que, embora o negócio tenha começado a melhorar em maio, há muitas incertezas. “Há clientes que não conseguem confirmar as suas reservas. No momento estamos restritos a casamentos com no máximo cinco pessoas - o casal, as duas testemunhas e o oficial civil, e, com isso, já atingimos o limite. Temos agendamento antecipado onde o cliente deseja entrar no país com seus hóspedes. Não sabemos quando poderemos acomodar de 15 a 20 pessoas. Além disso, com os casos de covid-19 ainda em alta, a indicação mostra que devemos ter outro lockdown", disse Lablache.

Do lado positivo, Christian D'Offay, da Doffay Car Rental, disse que o negócio está crescendo, com todos os carros alugados. Ele destacou que "há tantas reservas chegando que tenho que encaminhar os clientes para outras locações de automóveis". Ele, no entanto, mostrou preocupação após dois cancelamentos recentes. "Tive dois cancelamentos hoje e ao perguntar o motivo, me disseram que é devido ao aumento dos casos de covid no país. Esses são os primeiros cancelamentos que recebo e espero que isso não continue".

Quando questionado sobre seus planos no caso de mais clientes começarem a cancelar suas reservas, D'Offay destacou que terá que conseguir ajuda para pagar seus funcionários ou então terá de considerar a demissão, algo que ele não deseja que aconteça.

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