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Angola importou muitas “avarias” do estrangeiro, diz sociólogo

Fonte: Wikinotícias

17 de julho de 2022

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Agência VOA

Angola importou muitas “avarias” do estrangeiro que resultaram numa “autodestruição assistida” das instituições angolanas, disse o sociólogo e investigador João Milando.

Milando é o autor do livro “Os poderes abusivos: as avarias de um país em autodestruição” que vai ser apresentado no próximo dia 5 de agosto ao público simultaneamente com o livro do investigador e docente universitário, Manuel Afonso “Os pecados mortais no ensino, na avaliação e na aprendizagem. Reflexões para as mudanças necessárias”.


Se por um lado, o investigador Manuel Afonso aborda os “pecados” que enfermam os processos de ensino em Angola por outro lado João Milando faz uma crítica cerrada às instituições estatais que usam de “poderes abusivos” que “prejudicam os interesses nacionais.”

“Estes poderes podem ser encontrados nas mais diversas estruturas. Não são poderes de uma pessoa. São poderes de instituições, que estão dentro de estruturas”, salientou o acadêmico que na mesma obra propõe o conceito de avarias sociais.

“Uma avaria social significa qualquer atitude comportamental que seja susceptível de prejudicar os interesses de emancipação colectiva das sociedades”, disse acrescentando que Angola “importou muitas avarias.”

“Contamos com uma forte influência de gente de fora, dos expatriados, que têm ideologias de fora e até mesmo de religiões importadas de fora”, acrescentou afirmando ainda que as instituições angolanas passam por uma “autodestruição assistida, isto é, um conjunto de dinâmicas de colapso social que têm os próprios angolanos como protagonistas, mas que contam coma assistência dos expatriados e das suas avarias.”

Manuel Afonso no seu livro “Os pecados mortais no ensino, na avaliação e na aprendizagem. Reflexões para as mudanças necessárias”, defende uma educação “inclusiva, equitativa, integradora e de qualidade.”

Sobre os “pecados mortais no ensino”, o investigador sublinha que estão patentes na sociedade angolana bastando para isto observar a prática quotidiana da política educativa e os resultados produzidos.

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