Com Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar liderando a lista, deslocados chegam a número recorde no mundo, diz ONU

Fonte: Wikinotícias

16 de junho de 2022

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Agência VOA

Um recorde de 89,3 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas por guerra, violência, perseguição e abuso de direitos humanos até o final do ano passado, um aumento de 8% em relação a 2021, de acordo com o relatório anual Global Trends da agência de refugiados da ONU, a ACNUR. O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que os números são ainda piores quando se inclui o número de pessoas forçadas a fugir pela invasão russa da Ucrânia. "A guerra na Ucrânia deslocou entre 12 e 14 milhões de pessoas, dependendo de como você as conta. Então, o número ultrapassou 100 milhões. Isso se deve ao aumento dos conflitos e das crises", enfatizou.

Emergências fizeram com que os números subissem a cada ano na última década. A ACNUR afirma que a invasão da Ucrânia pela Rússia estimulou a mais rápida e uma das maiores crises de deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundial. Enquanto o mundo está focado na Ucrânia, Grandi pediu aos governos que prestem atenção às muitas emergências que precederam a Ucrânia e continuam a destruir a vida de milhões de pessoas. "Temos a Etiópia no final de 2020 e até 2021. Tivemos a situação do Afeganistão no verão do ano passado; Síria, por exemplo, e o Sudão do Sul; a questão dos refugiados da Palestina; são crises muito antigas que aumentam os números", disse.

O Global Trends apontou que o número de refugiados aumentou para mais de 27 milhões no ano passado, enquanto os deslocados por conflitos dentro de seus próprios países aumentaram para 53,2 milhões. Contrariando percepções comuns, o dados apontaram que mais de 80% dos refugiados fugiram para países pobres e de renda média.

O relatório revelou também que cinco países – Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar – respondem por mais de dois terços dos deslocados globais, enquanto a Turquia foi o país que mais recebeu refugiados, seguida pela Colômbia, Uganda, Paquistão e Alemanha. Os Estados Unidos ainda são o principal país de reassentamento de refugiados do mundo.

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