Uribe diz que alguns sindicatos fazem "democracia de fachada e terrorismo de verdade"
22 de julho de 2007
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O Presidente da Colômbia Álvaro Uribe Vélez disse que é uma afronta à democracia o apoio de organizações sindicais colombianas a grupos guerrilheiros e terroristas que teria sido firmado por essas organizações durante um fórum político esquerdista ocorrido em Quito, no Equador.
Assim como não se pode estar na política e no paramilitarismo e na guerrilha, tampouco se pode estar com o sindicalismo e com a guerrilha e o paramilitarismo ao mesmo tempo. Ou estamos com o que é lícito ou com o que é ilícito, portanto não pode haver quem apareça como filiado a organizações sindicais e que simultaneamente participe de grupos armados à margem da lei, declarou o Presidente.
O Presidente disse que é grave que haja uma reunião política onde se produza uma declaração para apoiar o terrorismo. Então qual é a realidade do espírito democrático? Democracia de fachada e terrorismo de verdade. Democracia de discurso e terrorismo de ação.
Uribe qualificou de "hipocrisia e farsa" o comportamento de sindicalistas que vão aos Estados Unidos exigir maior segurança, ao mesmo tempo em que participam de encontros onde declaram apoio a grupos terroristas e à margem da lei.
Uribe ainda declarou:
Eu era estudante de uma universidade pública e as guerrilhas combinavam diferentes formas de luta. Assassinavam e se infiltravam no movimento operário, seqüestravam e se infiltravam em setores da política. Diziam: 'Não. É válido combinar todas as formas de luta'.
E por causa de um Estado omisso, que não prestou a atenção necessária a tempo, a reação foi a reação paramilitar. Surgiram os paramilitares, se igualaram em atrocidade às guerrilhas e o país virou isso que estamos sofrendo: paramilitares assassinam líderes sindicais acusando-os de ser colaboradores da guerrilha. E a guerrilha assassina líderes sindicais acusando-os de ser colaboradores do paramilitarismo.
O Presidente Álvaro Uribe ainda questionou as críticas que seu governo recebe de setores internacionais apesar dos esforços do governo em proteger sindicalistas:
Porque setores da comunidade internacional nos acusam de que não há proteção a líderes sindicais e que há impunidade. Justamente o Governo que mais tem se empenhado em protegê-los. Aqui se assassinavam 256 ao ano. Este ano foram assassinados seis filiados a organizações sindicais e 12 líderes em todo o país.
O Presidente lembrou ainda que entre os sindicalistas mortos um fazia parte das FARC e morreu com o fuzil na mão durante enfrentamento contra o Exército, e outro que apesar de ser chamado de sindicalista, não exercia atividade sindical.
Fontes
- ((es)) Uribe arremetió contra los sindicatos que piden mayor seguridad pero que a la vez apoyan la subversión — Radio Caracol, 21 de julho de 2007
- ((es)) “APOYO DE ALGUNOS SINDICATOS A LA GUERRILLA ES UNA AFRENTA CONTRA LA DEMOCRACIA”: URIBE — Imprensa Oficial da Colômbia, 21 de julho de 2007
- ((es)) PALABRAS DEL PRESIDENTE URIBE DURANTE CONSEJO COMUNAL EN BOGOTÁ — Imprensa Oficial da Colômbia, 21 de julho de 2007
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