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Uma proposta para impor um imposto global sobre os “super-ricos” marca o início da Cimeira do G20

Fonte: Wikinotícias

19 de novembro de 2024

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vem falando há meses sobre o assunto em diversos fóruns internacionais: aplicar um imposto de 2% a 3.000 bilionários para financiar o combate à fome. Mas agora ele vai colocar isso na agenda da cúpula de líderes dos países do G20 que começa nesta segunda-feira no Rio de Janeiro.

Com este plano poderiam ser angariados entre 200 mil e 250 mil milhões de dólares, segundo o seu principal promotor, o economista francês Gabriel Zucman, professor associado de Políticas Públicas e Economia da Universidade da Califórnia, com quem Lula da Silva tem consultado.

Zucman contou com o apoio de Lula, que desde a presidência do G20 tem dado prioridade a questões que preocupam as nações em desenvolvimento, como a redução da desigualdade e as reformas nas instituições multilaterais.

“Muitos insistem em dividir o mundo entre amigos e inimigos, mas os mais vulneráveis ​​não estão interessados ​​em dicotomias simplistas”, disse Lula em maio passado.

Criado em 1999, o G20 reúne 19 países e duas organizações regionais: a União Africana e a União Europeia. Os seus membros representam cerca de 85% do PIB global e mais de 75% do comércio global.

Os países do G20 comprometeram-se a “cooperar para garantir que os mais ricos sejam efetivamente tributados”, na sequência de uma reunião dos ministros das finanças do grupo realizada no Rio de Janeiro no final de julho.

A cúpula desta segunda-feira terá como foco a apresentação oficial da “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, proposta por Lula, que vem do setor metalúrgico e nasceu em uma família atolada na pobreza.

Os analistas consideram que é muito cedo para saber se esta proposta poderá avançar entre os líderes do G20, especialmente quando a atual administração democrata dos Estados Unidos está de saída e um segundo governo não consecutivo do republicano Donald Trumpo terá início em 20 de janeiro.

O Brasil entregará a presidência rotativa do G20 à África do Sul.