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Trump diz à Coreia do Sul que quer se encontrar neste ano com Kim, da Coreia do Norte

De Wikinotícias

25 de agosto de 2025

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Nessa segunda (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deseja encontrar-se com Kim Jong Un, líder da Coreia do Norte, ainda este ano. Além disso, Trump se mostrou receptivo a novas negociações comerciais com a Coreia do Sul, apesar de ter feito críticas ao aliado asiático durante sua visita.

"Gostaria de me encontrar com ele neste ano", afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval durante a recepção do novo presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, na Casa Branca, e disse que "estou ansioso para me reunir com Kim Jong Un em um futuro apropriado".

Trump e Lee tiveram sua primeira reunião em meio a tensões. O presidente dos Estados Unidos fez queixas imprecisas nas redes sociais sobre um "expurgo ou revolução" na Coreia do Sul, mas depois retratou os comentários como um possível "mal-entendido" entre os aliados.

Embora tenham firmado um acordo comercial em julho que protegeu as exportações da Coreia do Sul de tarifas mais altas dos Estados Unidos, as duas partes ainda estão em negociações sobre energia nuclear, despesas militares e pormenores de um acordo comercial que envolve o compromisso de US$ 350 bilhões em investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos.

Lee, um progressista favorável ao diálogo com a Coreia do Norte, afirmou que Trump é a única pessoa capaz de melhorar as relações entre os dois lados da Península e defendeu um possível encontro. Desde seu retorno à Casa Branca, o republicano tem conduzido uma campanha para ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz, negociando acordos para conflitos históricos que também atendam aos interesses dos Estados Unidos.

"Acho que você é o primeiro presidente a ter tanto interesse nas questões de paz mundial e a realmente obter resultados. Portanto, espero que você traga a paz à Península Coreana, que continua sendo o único país dividido do mundo, e se encontre com Kim Jong-un", declarou, observando que a região desfrutava de paz durante o primeiro mandato do republicano, e disse "mas durante o breve hiato em que você esteve fora do cargo, a Coreia do Norte desenvolveu ainda mais suas capacidades nucleares e de mísseis, e isso levou a uma deterioração da situação".

Logo após Lee assumir o cargo, Kim Yo-jong, irmã influente do líder norte-coreano Kim Jong-un e considerada sua sucessora, descartou as iniciativas do vizinho em favor da paz. Em 1953, as duas Coreias concordaram em um armistício para pôr fim aos combates da Guerra da Coreia, porém nunca foi assinado um tratado de paz para encerrar o conflito.

"Quando Kim Yo-jong criticou a mim e aos Estados Unidos, ela ainda disse que suas relações com Kim Jong-un são inquestionáveis. Interpretei isso como que a Coreia do Norte está esperando [para se encontrar com Trump]", afirmou Lee, e disse que "não é fácil melhorar as relações intercoreanas com o meu envolvimento, mas você é a única pessoa que pode realmente resolver isso".