Trump defende a sua administração e sanidade mental

Fonte: Wikinotícias

Agência VOA

6 de janeiro de 2018

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Trump respondeu a várias questões sobre os seus tweets matinais, nos quais considerou-se “um gênio muito estável” e atacou o autor do livro sobre o seu primeiro ano na presidência.

"Tudo o que fiz é 100 por cento correto", disse, hoje, o presidente Donald Trump, numa altura em que se aprofunda a preocupação sobre a tentativa de impedir uma investigação federal relativa ao possível conluio entre sua campanha eleitoral e a Rússia.

"Não houve conluio, não houve crime", disse Trump, insinuando que Hillary Clinton possa estar sob investigação.

"Mas eu não estou", disse Trump referindo-se à antiga secretária de Estado e candidata do Partido Democrata, que ele derrotou para se tornar presidente.

Trump disse que se houver algum conluio com Moscou, foi por parte de Clinton ou Comitê Nacional Democrata.

Para Trump, a investigação do conselheiro especial sobre a sua campanha dá aos Estados Unidos uma imagem ridícula.

Trump falou à imprensa no retiro republicano, em Camp David, na companhia do vice-presidente Mike Pence; do Secretário de Estado, Rex Tillerson; e do Secretário da Defesa, Jim Mattis.

Ele respondeu a várias questões sobre os seus tweets matinais, nos quais considerou-se “um gênio muito estável” e atacou o autor do livro sobre o seu primeiro ano na presidência.

Ficção

O presidente fez mais críticas ao seu antigo estrategista Steve Bannon, que é citado no livro “Fire and Fury”, que levanta questões sobre a sua aptidão de liderar o país.

“Considero um trabalho de ficção”, disse Trump referindo-se ao livro que foi lançado, sexta-feira, e tornou-se sucesso de vendas, em parte graças às suas críticas e da Casa Branca.

Trump insinuou que Michael Wolff apenas conseguiu publicar o livro porque “as leis de difamação são muito fracas neste país”.

O livro de Wolff retrata o primeiro ano da presidência do Trump como caótico e ele como infantil e possivelmente necessitando de ajuda psiquiátrica.

Trump disse à imprensa que fez referência à sua capacidade mental “apenas porque estudou nas melhores escolas ou escola… Fez bilhões e bilhões” e teve “tremendo sucesso”.

A afirmação “gênio estável”, de Trump, é alvo de crítica.

O jurista Richard Painter, que trabalhou para o presidente George W. Bush, disse que os tweets de Trump são constrangedores e parecem “declarações de um candidato imaturo a presidente de uma turma do segundo grau”.

O antigo conselheiro republicano para a política externa John Aravosis escreveu que “se queres evitar uma discussão nacional sobre a tua sanidade, não te orgulhes publicamente sobre a tua sanidade”.

No mês passado, uma pesquisa da Quinnipiac, teve 70 por cento de participantes a responder “Não” a uma questão sobre se Trump era equilibrado.

Trump nega ter concedido entrevista

Na sexta-feira, Wolff disse à televisão NBC que defende “absolutamente tudo” o que está no livro.

“Uma das coisas que contamos com ela é que Donald Trump vai atacar. Ele enviará cartas de advogados”, disse Wolff, que sublinhou que essa é a fórmula que Trump usa, nos últimos 35 anos, para lidar com tudo.

Wolff disse que os seus entrevistados fizeram um retrato comum de Trump: “Todos disseram que ele é como uma criança (…) e com isso queriam dizer que ele precisa de gratificação imediata”.

Trump nega ter concedido qualquer entrevista a Wolff, na Casa Branca, e acusa Bannon por ter permitido o seu acesso ao edifício.

“Acho que o descuidado do Steve levou-o à Casa Branca,” disse Trump.

Erros fatuais

Os advogados de Trump tentaram impedir a publicação do livro, com o argumento de ser difamatório.

Wolff é conhecido por publicar conteúdo provocativo, tendo parte dele carecido de fundamentação ou contestado.

Os leitores iniciais do livro identificaram numerosos erros fatuais.

O antigo adido de imprensa de Trump, Sean Spicer, que é citado no livro, disse a um programa da televisão ABC que mesmo que partes do livro não sejam precisas, o problema é que “o leitor fica sem saber o que é certo e o que não é”.

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