Seul: 600 soldados norte-coreanos mortos na guerra da Ucrânia
30 de abril de 2025
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Cerca de 600 soldados norte-coreanos que lutavam pela Rússia contra a Ucrânia foram mortos e milhares ficaram feridos, afirmou um parlamentar sul-coreano, após Pyongyang confirmar oficialmente o envio de tropas para ajudar Moscou.
"Até o momento, as baixas de tropas norte-coreanas são estimadas em cerca de 4.700, incluindo aproximadamente 600 mortes", disse o deputado Lee Seong-kweun, membro do comitê de inteligência do parlamento, a repórteres após um briefing da agência de espionagem do país.
A Coreia do Norte confirmou pela primeira vez na segunda-feira que enviou tropas para a Rússia, com a agência de notícias estatal KCNA relatando que soldados de Pyongyang ajudaram Moscou a recuperar território sob controle ucraniano na região fronteiriça russa de Kursk.
Moscou confirmou separadamente a participação da Coreia do Norte, após meses de silêncio oficial de ambos os países, mesmo com Seul e Washington acusando Pyongyang de enviar cada vez mais tropas e armas para ajudar.
Cerca de 2.000 soldados foram levados de volta para a Coreia do Norte, país com armas nucleares, este ano, afirmou Lee, e agora estão sendo mantidos em isolamento em Pyongyang e em outros locais do país.
“Sabe-se que os corpos dos soldados mortos foram cremados localmente em Kursk antes de serem transportados” de volta para a Coreia do Norte, acrescentou.
A Coreia do Norte “apoiou a retomada de Kursk pela Rússia, mobilizando 18.000 soldados em duas fases”, disse Lee, acrescentando que o número de confrontos na área havia diminuído desde março.
Desde então, “houve relatos de má conduta dentro das forças norte-coreanas, incluindo consumo excessivo de álcool e roubos”, continuou.
A Coreia do Sul criticou repetidamente o envio de tropas e o Norte por enviar contêineres carregados de armas, incluindo mísseis, para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
A Coreia do Norte, detentora de armas nucleares, recebeu apoio técnico significativo da Rússia em troca, afirmou Seul.
Além disso, após seis meses de combates, o Serviço Nacional de Inteligência de Seul estima que a “capacidade de combate das forças norte-coreanas melhorou significativamente”, disse Lee.
“A inexperiência inicial diminuiu e eles se tornaram mais proficientes no uso de novos sistemas de armas, incluindo drones”, acrescentou.
Lee afirmou que não era possível "descartar completamente" a possibilidade de a Coreia do Norte enviar mais soldados para a Rússia.
As tropas enviadas à Rússia, supostamente da elite da Coreia do Norte, receberam ordens de se matar em vez de serem feitas prisioneiras, informou Seul anteriormente.
Moscou e Pyongyang intensificaram sua cooperação militar desde que a Rússia lançou a invasão da Ucrânia em 2022.
Os dois países assinaram um amplo acordo militar no ano passado, incluindo uma cláusula de defesa mútua, quando o presidente russo, Vladimir Putin, fez uma rara visita à Coreia do Norte.
Pyongyang lançou uma série de mísseis balísticos no ano passado, violando as sanções da ONU.
Especialistas alertaram que a Coreia do Norte, detentora de armas nucleares, pode estar testando armas para exportação à Rússia e uso contra a Ucrânia.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- ((en)) 600 N
. Korean soldiers killed in Ukraine war: Seoul — IFP Media Wire, 30 de abril de 2025 - ((pt)) Cerca de 600 soldados norte-coreanos teriam morrido apoiando tropas russas, afirma Seul — RFI, 30 de abril de 2025