Robinho entra na lista vermelha da Interpol e pode ser preso se deixar o Brasil

Fonte: Wikinotícias

15 de fevereiro de 2022

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O Ministério Público de Milão, Itália, encaminhou ao Ministério da Justiça do Brasil o pedido de extradição e à Interpol o mandado de prisão internacional de Robinho, ex-jogador do Milan. Apesar da Itália e o Brasil terem um acordo que não permite extradições em caso de condenação, o mandado significa que ele entrou na lista vermelha da Interpol e que pode ser preso se viajar para qualquer país que tenha tratado de extradição com a Itália.

Robinho e um amigo brasileiro, Ricardo Falco, foram condenados em última instância em meados de janeiro a uma pena de 9 anos de prisão por violência sexual (estupro) coletiva de uma jovem de 23 anos de idade.

O mandado também se aplica a Falco.

O caso

O crime aconteceu em 2013, quando uma mulher de origem albanesa denunciou ter sido vítima de estupro coletivo por parte de um grupo de homens, incluindo o jogador. Em 2020, o Globo Esporte obteve uma transcrição do processo onde Robinho dizia que “a mulher estava completamente bêbada”, apesar de, durante o processo judicial, sempre ter dito que a relação havia sido consensual.

As falas de Robinho estão transcritas no processo e foram obtidas após a polícia italiana grampear seu telefone, e, segundo o Globo Esporte, as “interceptações telefônicas” foram decisivas para a primeira condenação em 2017.

No depoimento de 2017, a mulher disse que conhecia Robinho e alguns de seus amigos, mas que em determinado momento, após as amigas terem ido embora, ela ficou sozinha com eles, que passaram a lhe oferecer bebida até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor.”

Apenas Robinho e Falco foram identificados e julgados.

A cronologia do caso
  • Fevereiro de 2013: Robinho e outros 5 homens mantém "múltiplas e consecutivas relações sexuais" em "atos de violência sexual pesados" com a vítima;
  • Novembro de 2017: Robinho e Falco são condenados em 1ª instância, mas apelam da decisão;
  • Dezembro de 2020: Robinho e Falco são condenados em 2ª instância, mas recorrem da decisão novamente;
  • Dezembro de 2020: Robinho volta para o Brasil;
  • Janeiro de 2022: Robinho e Falco são condenados em 3ª e última instância;
  • Fevereiro de 2022: Robinho e Falco entram na lista de procurados da Interpol.

Referências

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Fontes