Relatores recomendam cassação de dois deputados brasileiros envolvidos em corrupção

Fonte: Wikinotícias
Nota: Atualizado em 6 de junho de 2006 por Slade. Retirada imagem eliminada. Para maiores informações veja o histórico.

Brasil • 20 de janeiro de 2006

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Os relatores dos Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados do Brasil recomendaram a cassação dos deputados Professor Luizinho (PT-SP) e Roberto Brant (PFL)-MG).

O relator do processo contra o deputado Professor Luizinho, Pedro Canedo (PP-GO) disse que está convencido de que Luizinho está envolvido no recebimento de dinheiro das contas do empresário Marcos Valério, suspeito de ser o principal operador do mensalão. O ex-assessor do gabinete de Luizinho, José Nilson dos Santos, recebeu R$ 20 mil das contas de Valério em 2003. O dinheiro supostamente teria sido usado nas campanhas políticas de três candidatos do Partido dos Trabalhadores a vereador em cidades da região do grande ABC paulista. Luizinho disse que não tem nenhum envolvimento com o saque.

O relator Pedro Canedo disse que há contradições nas declarações feitas por Luizinho e seu ex-assessor para o Conselho de Ética. Para Canedo, as contradições mostram que Luizinho mentiu para o Conselho e as argumentações de sua defesa são inverossímeis.

O relator do processo contra o deputado Roberto Brant, deputado Nelson Trad (PMDB-MG), disse que o motivo pelo qual recomendou a cassação de Brant foi a não contabilização dos recursos doados para a campanha política de Brant à prefeitura de Belo Horizonte em Minas Gerais, em 2004.

Trad declarou em seu relatório que o deputado Roberto Brant disse que recebeu R$ 102,8 mil da SMPB, empresa de Marcos Valério. Segundo Brant, a SMPB apenas intermediou a doação, que teria sido na realidade feita pela empresa siderúrgica Usiminas.

O relator porém considerou que a SMPB "conduziu a operação de forma deliberada a ocultá-la dos procedimentos regulares e dos ditames legais". Trad disse que o dinheiro circulou de "forma clandestina" desde a origem não declarada, até a sua retirada em espécie pelo coordenador da campanha eleitoral de Brant, Nestor Francisco de Oliveira, em uma agência do Banco Rural em Belo Horizonte.

Fontes