Rachaduras no consenso do G20 sobre a Ucrânia à medida que os EUA aumentam a ajuda
19 de novembro de 2024
A apenas dois meses do fim da administração do Presidente Joe Biden, os Estados Unidos estão a aumentar o apoio financeiro, militar e diplomático ao esforço de Kiev para se defender da agressão russa.
Na cimeira do G20 no Rio de Janeiro, Brasil, onde Biden e líderes de 20 das maiores economias do mundo se reúnem, as autoridades dos EUA estão a pressionar por uma linguagem “mais forte possível” sobre a Ucrânia, disse o vice-conselheiro de segurança nacional Jon Finer à VOA durante um briefing. Segunda-feira.
Diplomatas ocidentais renovaram a sua pressão por críticas mais fortes a Moscovo, após o ataque aéreo russo no fim de semana, o maior em território ucraniano em meses.
Alertaram também que o aumento dos esforços de guerra russos poderia ter um efeito desestabilizador para além da Europa. No início deste mês, os EUA e a Ucrânia anunciaram que a Coreia do Norte enviou mais de 10.000 soldados para ajudar Moscovo a recuperar o território tomado pela Ucrânia na região russa de Kursk.
A declaração final conjunta dos líderes ainda está a ser negociada, mas um projecto visto pela VOA e outras versões que circulam nas redes sociais sugere que incluirá apenas uma linguagem ampla que sublinha os princípios das Nações Unidas e a necessidade de respeitar a paz na Ucrânia e em Gaza.
Finer reconhece que é difícil encontrar um consenso sobre os conflitos globais, dada a diversidade do G20. Além da maioria dos países do G7 com ideias semelhantes, o G20 também inclui a Rússia, a China e as nações do Sul Global.
“Veremos onde isso vai parar”, disse ele.
Desde a cimeira do G20 em Bali em 2022 – realizada meses após a invasão da Ucrânia por Moscovo – o grupo global tem enfrentado desafios para encontrar uma resposta ao conflito.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- ((en)) Patsy Widakuswara. Cracks in G20 consensus over Ukraine as US ramps up aid — VOA News, 18 de novembro de 2024
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