Rússia adverte que tomará medidas de resposta si EUA impor novas sanções econômicas

Fonte: Wikinotícias

13 de dezembro de 2014

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Sergey Ryabkov, vice-ministro de Exteriores da Rússia (equivalente aos cargos de vice em Relações Exteriores ou Negócios Estrangeiros), advertiu que Moscou/Moscovo tomará medidas de resposta se os Estados Unidos impor novas sanções econômicas pela situação na Ucrânia, informou este sábado a agência Interfax.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou esta quinta-feira novas sanções contra as companhias russas de armamento militar e contra os investidores em projetos petroleiros de alta tecnologia no país, particularmente Gazprom. No entanto, a lei, que também proveria de armamento à Ucrânia, deve ser aprovada pelo Senado antes de chegar ao presidente Barack Obama.

"Definitivamente, não deixaremos de dar nossa resposta", assegurou Ryabkov segundo a agência de notícias. No entanto, ele não especificou qual seria resposta. O vice-ministro classificou como "anti-russa" a nova lei dos estadounidense que busca obrigar a Rússia aceitar decisões "categoricamente inaceitáveis" na Ucrânia.

Ryabkov não descartou que a questão será discutida amanhã, quando o chanceler russo Sergey Lavrov se reunirá em Roma (capital da Itália), com John Kerry, o secretário de Estado dos EUA. Segundo destaca Reuters, as relações entre ambos países já chegou a seu pior momento desde a Guerra Fria, após a Crimeia (ou Criméia) ser anexada à Federação Russa em março passado e de que acusações ao Moscou/Moscovo de apoiar os rebeldes pró-russos no leste ucraniano, acusação que Rússia nega.

Estados Unidos, junto com países da União Europeia, já impôs diversas sanções econômicas à indivíduos e empresas ou companhias russas. Diante esta situação, a Rússia respondeu limitando as importações de alimentos a vários países do Ocidente. Nesta sexta-feira, a Rússia criticou o projeto de lei americano (ou estadounidense) ao considerar-lo um esforço para "destruir o cadáver de cooperação" entre ambas nações.

O ministro de Exteriores da Federação disse que a lei é uma "potente mina" que pode causar tanto dano às relações, como fez em seu tempo a emenda Jackson-Vanik, pelo qual os Estados Unidos impuseram restrições à cooperação comercial com União Soviética. "Não cedemos à chantagem, não renunciaremos aos interesses nacionais, não permitiremos a ingerência em nossos assuntos nacionais", destacou o porta-voz da Chancelaria, Alexandr Lukashevich.

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