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Qual é o andamento do megaprojeto que ligará o Pacífico e o Atlântico na América do Sul?

Fonte: Wikinotícias

10 de março de 2025

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O megaprojeto de infraestrutura do Corredor Rodoviário Bioceânico avança a todo vapor para se interligar com uma rede de estradas e pontes para o Brasil, Argentina, Chile e Paraguai; e competir com o Canal do Panamá para transitar mercadorias em ambas as direções dos oceanos Pacífico e Atlântico na América do Sul.

Os quatro países envolvidos estão se coordenando para agilizar as obras rodoviárias e de pontes em mais de 2.290 quilômetros para conectar os portos de Coquimbo, no Chile, a Porto Alegre, no Brasil. O corredor passará por oito pontos fronteiriços e deverá ser concluído em 2026.

A obra, realizada no âmbito da Declaração de Assunção assinada pelos quatro países em 2015, tem um custo estimado em 10 mil milhões de dólares, segundo projeções dos envolvidos.

Com a obra, a mais ambiciosa da América Latina, os parceiros buscam captar até 40% do movimento que atualmente flui pelo Canal do Panamá, que os países do cone sul são obrigados a utilizar para transportar suas mercadorias pelas rotas interoceânicas.

O governo do Paraguai, o menor dos países envolvidos no trabalho, espera colher dividendos reduzindo os custos de transporte da sua soja.

“O Paraguai é o quarto maior exportador de soja do mundo. Para que a soja chegue ao Oceano Pacífico, ela precisa passar pelo Canal do Panamá. Quando a nova rota estiver pronta, haverá uma economia para todo o setor produtivo de cerca de 25% nos custos logísticos”, projeta o governo paraguaio.

Quanto os presidentes pressionam? Há dias, os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e do Paraguai, Santiago Peña, aproveitaram o encontro na posse do presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, para avançar acordos para viabilizar o funcionamento do Corredor Bioceânico.

Os governos consideram a infraestrutura “chave para fortalecer a integração”, pois é “uma obra que melhorará a conectividade e impulsionará o comércio regional”, segundo a Presidência do Paraguai em comunicado.

A obra é considerada “estratégica” por abrir uma porta de entrada no Mar Pacífico para países da encosta atlântica que aspiram a mercados na Ásia. Para o Chile, a rota também facilita a movimentação de contêineres para o outro lado do Oceano Atlântico.

Além disso, irá dinamizar o mercado de produtos e impulsionar o equilíbrio comercial entre os parceiros regionais, concordaram os presidentes Boric e Peña.