Professor dos EUA alega que governo americano está por trás de atentados terroristas

Fonte: Wikinotícias

14 de julho de 2006

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Kevin Barrett, um professor universitário americano, alega que os Ataques de 11 de setembro de 2001 e outros atentados terroristas foram causados por uma conspiração de dentro do próprio governo dos EUA.

O ponto de vista de Barret tem causado muita discussão nos Estados Unidos e, de forma genérica, dividiu as opiniões a respeito dele em dois grupos bem distintos: aqueles que acreditam em Barret e apóiam-no incondicionalmente e aqueles que dizem que suas idéias são uma teoria conspiratória.

Barret é professor da Universidade de Wisconsin-Madison, mesma instituição em que obteve o seu Ph.D. em estudos árabes e islâmicos. O professor ministra um curso sobre islamismo nessa universidade e durante o qual fala a seus alunos que os ataques terroristas são obra do governo do Presidente George W. Bush.

Barret é um dos fundadores de uma organização chamada MUJCA (Muslim-Jewish-Christian Alliance ou Aliança Islâmica-Judaico-Cristã) que alega que o governo planejou os ataques de 11 de setembro para criar uma guerra entre muçulmanos e cristãos. Segundo Barret, os seguidores dessas religiões deveriam "trabalhar unidos para vencer a crença de que terroristas são as pessoas que devem ser responsabilizadas".

O Professor Kevin Barrett disse que muitas das fitas divulgadas como sendo de Osama bin Laden são falsas e foram fabricadas pela CIA com a intenção de favorecer a administração Bush e a sua alegada política de combate ao terrorismo. Barret defende a idéia de que a mais recente gravação de Osama bin Laden é falsa e seu propósito seria distrair a opinião pública do massacre de civis paquistaneses numa ação coordenada pela CIA. Ele também acredita que a fita tem um propósito ainda mais sinistro: preparar a opinião pública para um novo falso ataque semelhante ao 11 de setembro e usar isso como pretexto para um ataque nuclear dos EUA e Israel contra o Irã.

As opiniões de Barret causaram bastante polêmica e surgiram pressões para que ele fosse demitido da Universidade de Wisconsin-Madison. Políticos, entre eles o governador de Wisconsin Jim Doyle (Dem) e outros parlamentares, consideraram as declarações de Barret como "difamatórias" e disseram que ele tinha que sair do cargo.

Apesar dessas pressões a direção da Universidade de Wisconsin decidiu que o professor está qualificado e que pode continuar a trabalhar. A universidade garantiu que não interferirá naquilo que o professor ensina a seus alunos, nem nas declarações dele em público.

Segundo o reitor Patrick Farrel, a universidade decidiu manter o professor para "preservar a liberdade acadêmica e liberdade de expressão".

Esta não é a primeira vez que as declarações de um professor universitário causa polêmica nos EUA. O Professor Ward Churchill, que dá aulas sobre estudos étnicos na Universidade de Colorado Boulder (UCB), é até hoje bastante criticado porque disse em 2001 que as vítimas dos Ataques de 11 de setembro eram "tecnocratas" e "pequenos Eichmanns" (em alusão a Adolf Eichmann, oficial de alto ranking na Alemanha Nazi).

As polêmicas opiniões desses e outros professores universitários têm levantados discussões nos EUA sobre o papel das universidades na sociedade americana.

Na Wikipédia inglesa há um artigo sobre Kevin Barrett.

Referências

Entrevista de Kevin Barrett ao Programa Hannity & Colmes (trecho).

Fontes