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Príncipe Harry busca reconciliação real

Fonte: Wikinotícias
Príncipe Harry

5 de maio de 2025

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O príncipe Harry disse em entrevista à BBC que "gostaria de se reconciliar" com a família real. Ao mesmo tempo, lamentou a decisão judicial que rejeitou seu recurso referente à sua segurança e a de sua família no Reino Unido.

Harry contestou as mudanças em seus planos de segurança, introduzidas em 2020, quando se afastou de seus deveres reais e se mudou para os EUA.

O Duque de Sussex observou que o rei "não fala com ele devido a problemas de segurança", mas enfatizou que não deseja mais dar continuidade aos conflitos. "Não sei quanto tempo meu pai ainda tem", afirmou.

O Palácio de Buckingham respondeu: "Essas questões foram examinadas minuciosamente pelos tribunais em diversas ocasiões, com conclusões consistentes em todas as ocasiões."

Após a última decisão do tribunal, Harry disse: "Não consigo imaginar uma situação em que eu traria minha esposa e filhos para o Reino Unido neste momento."

Ele reconheceu que havia desentendimentos de longa data com membros de sua família.

"Houve tantas diferenças entre mim e alguns familiares, mas agora eu gostaria de uma reconciliação. Não adianta mais brigar — a vida é preciosa", disse Harry, observando que as preocupações com a segurança sempre foram o principal obstáculo.

Ele disse que se sentiu "traído", chamando a derrota no tribunal de "conspiração de um sistema ultrapassado" e acusou membros da família real de influenciar a decisão de reduzir sua segurança.

Quando questionado se havia pedido a intervenção do Rei, Harry respondeu: "Eu nunca pedi a ele para intervir — apenas disse a ele para deixar os especialistas fazerem o trabalho deles".

Harry afirmou que o caso da segurança "revelou seus piores medos".

"Estou decepcionado — não tanto pela derrota em si, mas pelas pessoas por trás da decisão, como se isso fosse normal. É uma vitória para elas? Tenho certeza de que há pessoas — provavelmente aquelas que me desejam mal — que veem isso como uma grande vitória", disse ele.

Harry enfatizou que revogar seus direitos de segurança "me afeta todos os dias" e acrescentou que só poderia retornar em segurança ao Reino Unido se fosse convidado pela família real, o que garantiria proteção adequada.

Ele disse que a mudança no status de segurança em 2020 afetou não apenas ele, mas também sua esposa e filhos.

"Todos sabiam que, desde 2020, estavam nos colocando em perigo e esperavam que o medo nos fizesse voltar. Mas quando isso não funcionou, vocês não querem que estejamos seguros?

Sejam vocês o governo, a Casa Real, meu pai ou minha família — independentemente de nossas diferenças — vocês não querem apenas nos manter seguros?", perguntou ele.

Quando questionado se sentia falta do Reino Unido, ele respondeu: "Eu amo meu país, sempre amei — não importa o que algumas pessoas tenham feito... e é muito triste não poder mostrar minha terra natal aos meus filhos."

Harry decidiu não prosseguir com nenhuma ação judicial, afirmando que a decisão judicial deixou claro que "vencer por meio do sistema legal não é possível".

"Esta é essencialmente uma disputa familiar, e é muito, muito triste que estejamos aqui cinco anos depois, após uma decisão provavelmente tomada apenas para nos manter fora", disse ele.

Ele insistiu que a Casa Real interveio na decisão de 2020, o que reduziu da noite para o dia seu nível de proteção, apesar de ele ser um dos membros da realeza de maior risco.

"Então a questão é: como isso foi possível e qual foi o motivo na época?", acrescentou.

Harry disse que ficou chocado ao saber que um representante da Casa Real participou do comitê Ravec e alegou que a decisão demonstrava que a decisão foi motivada menos por questões legais e mais por influência real.

Desde então, ele apelou ao primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, e à ministra do Interior, Yvette Cooper, para que interviessem em seu caso de segurança e reformassem o comitê Ravec.

O tribunal observou que Harry apresentou argumentos "fortes" sobre as ameaças que ele e sua família enfrentam, mas concluiu que seu "sentimento de injustiça" não era um argumento legal.

Sua queixa judicial era contra o Comitê Executivo Real e VIP (Ravec), que opera sob o Ministério do Interior e era presidido na época por Sir Richard Mottram.

Os juízes reconheceram que Ravec se desviou da política ao tomar sua decisão de 2020, mas concluíram que a medida era "razoável", dada a complexidade de sua situação.