Pesquisa da Pew Global Attitudes Project mostra queda no apoio a terroristas por parte de muçulmanos

15 de julho de 2005

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Uma pesquisa realizada pela Pew Global Attitudes Project disponibilizada quinta-feira (14) mostra uma queda no apoio a grupos terroristas pela população da maioria dos países muçulmanos pesquisados.

A Pew Global Attitudes Project é dirigida pela ex-Secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright e ex-Senador Republicano John Danforth. O projeto começou a pesquisar o comportamento dos muçulmanos a partir dos ataques de 11 de setembro contra os EUA.

A pesquisa foi realizada durante os meses de abril a junho, antes do atentado em Londres. Foram entrevistadas 17 mil pessoas de seis países de maioria muçulmana, 11 países ocidentais incluindo os EUA e países asiáticos. A margem de erro varia entre 2% e 4%.

Pela pesquisa, 2% dos muçulmanos libaneses entrevistados disseram ter alguma ou muita confiança em Osama bin Laden. Pela pesquisa realizada em maio de 2003, 14% diziam ter alguma ou muita confiança em Osama Bin Laden. O apoio a bin Laden também sofreu uma grande queda na Turquia: em maio de 2003, 15% dos muçulmanos turcos disseram confiar em bin Laden, na pesquisa recente 7% declararam algum ter muita ou algum tipo de confiança nele. Em Marrocos, a confiança ao extremista caiu de 49% para 26%, na Indonésia de 58% para 35%.

Na Jordânia e no Paquistão o apoio a Bin Laden teve um pequeno crescimento. Na Jordânia o número de muçulmanos que disseram ter alguma ou muita confiança em Bin Laden foi de 55% em maio de 2003 para 60% em junho de 2005, e no Paquistão variou de 45% em maio de 2003 para 51%.

A pesquisa também mostra uma queda no apoio dos ataques de homens-bomba suicidas contra alvos norte-americanos ou iraquianos. No Marrocos 79% dos entrevistados disseram na pesquisa de agora que atentados desse tipo nunca devem ser justificados, contra 38% da pesquisa realizada em março de 2004. Na Indonésia o número de pessoas que consideram não haver justificativa para um ataque de homem-bomba subiu de 54% em 2002, para 66%; no Paquistão passou de 38% (2002) a 46%; no Líbano de 12% (2002) a 33%. A exceção foi a Jordânia, 26% eram contra qualquer tipo de ataque de homens-bomba em 2002, e 11% consideram não haver qualquer razão para isso na pesquisa de agora.

Entre outras informações, a pesquisa traz também a visão que os muçulmanos, cristãos e judeus têm uns dos outros. Para a pergunta sobre qual religião é a mais violenta, a maioria dos entrevistados em países ocidentais respondeu que é o Islamismo. Os entrevistados de países muçulmanos responderam que consideram o Judaísmo a religião mais violenta. Para a maioria dos entrevistados, tanto nos países de maioria muçulmana, quanto nos países ocidentais, o Cristianismo é a religião menos violenta.

A pesquisa completa pode ser baixada aqui.

Fontes